DF: leitos ociosos de Covid-19 serão liberados para apoio a cirurgias
GDF informa que decisão ajudará a reduzir lista de espera pelos procedimentos, que hoje tem cerca de 2 mil pedidos médicos emergenciais
atualizado
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Os leitos destinados para tratamento de Covid-19 e que estão ociosos na Secretaria de Saúde serão destinados para dar suporte para a realização de cirurgias eletivas emergenciais no Distrito Federal. Durante coletiva realizada nesta segunda-feira (17/5), o secretário-chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, afirmou que a ideia é conseguir reduzir a lista de espera desse tipo de procedimento na rede pública local.
De acordo com o secretário, a decisão ocorre após a liberação gradual de novas vagas originadas com a inauguração de hospitais de campanha. Dos três previstos, dois já foram entregues (Gama e autódromo) e, na próxima semana, há a possibilidade da entrega da unidade de Ceilândia, totalizado 300 novos leitos.
“Nós temos uma lista de 79 pessoas e nove leitos vagos para casos não Covid. O que a Secretaria de Saúde já começou a fazer? Com a abertura desses hospitais de campanhas, com a retomada das cirurgias eletivas, estão fazendo uma reorganização dos leitos e, como hoje há uma lista de leitos não Covid maior do que a de Covid, a secretaria irá passar leitos hoje de Covid para não Covid. Isso é para poder, da mesma forma como aconteceu com a lista de espera de Covid, ocorrer com a lista de espera não Covid, que é zerar a lista até o final da semana”, explicou.
Também presente na coletiva, o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, reforçou que deve retomar cirurgias eletivas emergenciais – aquelas consideradas não urgentes, mas necessárias – nos próximos dias. Ele informou que tratam-se de “cirurgia-geral, de hérnia, algumas vasculares que são importantes sem a necessidade de UTIs”, afirmou. O GDF quer remanejar esses leitos de Covid-19 para reduzir a lista de espera, que atualmente tem cerca de 2 mil pedidos.
“Esses leitos serão adicionados para que eles possam então estar dando auxílio para as cirurgias que tanto a gente quer fazer, tanto o governador, que tem a preocupação de estar sempre pedindo para a Secretaria de Saúde realizar [os procedimentos]. Toda questão de insumos relativos a cirurgias está em dia, não haverá falta de insumos, como sedativos e também os neurobloqueadores, para que essas cirurgias possam acontecer”, frisou.
Suporte do Exército
Okumoto também informou que as Forças Armadas devem começar um treinamento para auxiliar logisticamente na campanha de vacinação no Distrito Federal.
“[Eles] colocaram à disposição da Secretaria de Saúde mais voluntários militares, para que pudessem ajudar na divulgação do Plano Nacional de Imunização (PNI). Então, a gente estará treinando pessoas do Exército que estarão fazendo a digitação e a divulgação de todos os vacinados nossos, quer seja de primeira dose, ou segunda dose, no programa nacional de imunização. A gente só tem a agradecer essa parceria”, disse.