Depois de denúncia, HRT iniciará em novembro mutirão de cirurgias ortopédicas para 60 pacientes
A unidade espera residentes em anestesiologia e em enfermagem da Escs para realizar os procedimentos nos dias 2, 3 e 5 do mês que vem
atualizado
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O Hospital Regional de Taguatinga (HRT) decidiu iniciar um mutirão para reduzir a fila de pacientes internados e que aguardam há semanas por uma cirurgia ortopédica eletiva. A previsão é de que no início de novembro a unidade hospitalar da rede pública inicie a força-tarefa. A expectativa é reduzir em até 60 pacientes a fila de espera pelas operações.
O acúmulo dos casos foi revelado em reportagem do Metrópoles no fim de setembro, quando 81 doentes esperavam a autorização da unidade para a realização dos procedimentos. Naquele momento, havia falta de profissionais e de até equipamentos para as operações.
Embora não emergenciais, as intervenções ortopédicas podem colocar fim ao sofrimento causado por doenças e deformidades de ossos, músculos, ligamentos, articulações e elementos relacionados ao aparelho locomotor.
O hospital planeja realizar os procedimentos nos dias 2, 3 e 5 de novembro, das 7h às 19h. Contudo, para seguir o planejamento, solicitou apoio junto à Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs) para disponibilizar residentes em anestesiologia e em enfermagem de centro cirúrgico.
De acordo com a Secretaria de Saúde, no momento, “o hospital já conta com uma equipe multiprofissional para a realização desta operação e aguarda a chegada de alguns perfuradores para iniciar o mutirão”.
Obstáculos
A falta de perfuradores e de anestesistas eram os dois principais obstáculos para reduzir a fila de espera da unidade pela cirurgia ortopédica. O HRT pediu para a Secretaria de Saúde a aquisição de novos equipamentos e, em julho, a pasta remanejou mais de 40 pacientes da ortopedia para outros hospitais da rede pública, pois o HRT já funcionava acima da capacidade.
Na reportagem publicada em setembro, o Metrópoles mostrou o desespero da pedagoga Francisca Teles ao relatar que a mãe, de 81 anos, estava internada na unidade de Taguatinga havia quase um mês, sem perspectiva de fazer a cirurgia ortopédica.
“Minha mãe fraturou o fêmur e, todo esse tempo, ela passou no pronto-socorro. Primeiro, informaram que só havia um perfurador funcionando. Hoje, a história é de que não tem anestesista”, lamentou.
“Uma idosa esperar todo esse tempo para fazer a cirurgia, descaso total. Falta de transparência nas informações. A sensação é de pleno esquecimento”, protestou, à época, a pedagoga.