Delegado da PF compara ação de deputado bolsonarista no Rio ao nazismo
Alexandre Saraiva disse que a intimidação de adversários era estratégia decisiva de partidos aliados para a ascensão de Hitler
atualizado
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O delegado Alexandre Saraiva (foto em destaque), da Polícia Federal (PF), comparou ao nazismo, neste domingo (17/7), o episódio de violência incentivado pelo deputado estadual fluminense Rodrigo Amorim (PTB) contra apoiadores do pré-candidato Marcelo Freixo (PSB).
Pelo Twitter, o ex-superintendente da PF no Amazonas lembrou das ações da SA (Sturmabteilung), conhecida milícia paramilitar que atuou durante o período em que o nazismo exercia o poder na Alemanha.
“Minha solidariedade ao Marcelo Freixo e todos que estavam com ele. A situação lembra as ações das SA’s (Sturmabteilung) do Partido Nazista que, através da intimidação de adversários políticos, foram decisivas na ascensão de Hitler entre 1930 e 1933”, escreveu.
Bolsonarista se manifesta após acusação de agredir apoiadores de Lula
Veja a publicação:
Minha solidariedade a @MarceloFreixo e todos que estavam com ele. A situação lembra as ações das SA’s (Sturmabteilung) do partido nazista que, através da intimidação de adversários políticos, foram decisivas na ascensão de Hitler entre 1930 e 1933. https://t.co/xuHnsUOglv
— Alexandre Saraiva (@DelegadoSaraiva) July 17, 2022
Caso de polícia
No sábado (16/7), militantes ligados à esquerda acusaram o deputado estadual Rodrigo Amorim, apoiador de Jair Bolsonaro (PL), de incentivar a violência e ameaçar os apoiadores de Freixo e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O confronto ocorreu na Tijuca, bairro da Zona Norte do Rio.
Após a repercussão do caso, a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) também disse que tem colhido depoimentos e está investigando o episódio.
“O caso foi registrado na 19ª DP (Tijuca) como ameaça e injúria. Foram colhidos depoimentos dos envolvidos. O procedimento será encaminhado à Coordenadoria de Investigações de Agentes com Foro (CIAF), órgão especializado da Secretaria de Estado de Polícia Civil, que possui atribuição para dar seguimento a este tipo de investigação”, registrou em nota.
Também pelas redes sociais, o deputado acusado afirmou que tudo não se passava de “mimimi” da esquerda também de “vitimização”.