Delegado da PCDF que plantava maconha permanece preso na Papuda
Marcelo Noronha tentava recurso, mas defesa informou que HC não foi concedido. Com isso, policial segue internado na triagem do CDP II
atualizado
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Flagrado com diversas espécies de sementes e mudas, além de maconha já desenvolvida dentro de um lote em São Sebastião, do qual é proprietário, o delegado Marcelo Marinho de Noronha continua preso no Complexo Penitenciário da Papuda. Noronha integrava a Comissão Permanente de Disciplina (CPD) da Polícia Civil (PCDF), mas acabou exonerado após a detenção.
De acordo com o sistema da Secretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), na tarde desta sexta-feira (18/12), o policial ainda aparecia com o status “ativo”, o que indica a permanência do acusado no presídio. Usada como instrumento para advogados agendarem reuniões com internos, a plataforma eletrônica indicou que o delegado ainda estaria no Centro de Detenção Provisória (CDP II), na ala de triagem para Covid-19.
Procurada pelo Metrópoles, a defesa do delegado confirmou que a Justiça ainda não concedeu um habeas corpus para que ele deixe a Papuda.
Veja a imagem do sistema:
Família solta
Após a grande repercussão do caso, a Justiça acatou o pedido da defesa e determinou que o processo corresse sob sigilo. Além de Noronha, foram presos a esposa e dois filhos dele, identificados como Teresa Cristina Cavalcante Lopes, Marcos Rubenich Marinho de Noronha e Ana Flavia Rubenich Marinho de Noronha, respectivamente. Com exceção do delegado, todos os outros familiares já foram soltos após decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). A soltura ocorreu no dia 11 de dezembro.
Investigações apontam que eles atuavam com sementes internacionais, de forma especializada. O espaço contava com estrutura de iluminação e estufa para condicionamento do entorpecente. Todos negam a participação no esquema de tráfico.
A investigação constatou que o delegado tinha um rotina intensa, se revezando entre sua residência, as atividades no Complexo da Polícia Civil e a chácara em São Sebastião, onde a plantação foi encontrada. O espaço contava com estrutura de iluminação e estufa para condicionamento do entorpecente.
Entre o material apreendido, após autorização judicial, estão vasos plásticos, 24 plantas grandes que eram cultivadas em tambores, 105 mudas de plantas pequenas, que estavam em recipientes pequenos, e aparentavam ser maconha. Além de 14 luminárias com extensão.