Damares teme que pandemia entrave candidatura de mulheres em 2020
Ministra afirmou que população feminina tem sofrido mais com a Covid-19: “Preocupação é manter as mulheres vivas e saudáveis”, disse
atualizado
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A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou, na noite de segunda-feira (13/04), que teme que a pandemia causada pela Covid-19 prejudique as metas do governo federal de aumentar a participação feminina nas eleições municipais, que devem ocorrer em outubro deste ano.
“Temos a expectativa de que a mulher cresça nas próximas eleições. Mas é incerto. Por causa do coronavírus, começamos a priorizar outras metas”, informou.
Damares participou, ao vivo, do lançamento virtual do livro Mulher, Emoção e Voto, de Osmar Bria, que estimula o ingresso feminino nas discussões políticas e eleitorais.
“Neste momento, tudo fica menor em relação ao coronavírus. Nossa preocupação é manter as mulheres vivas e saudáveis. Só assim poderemos seguir para as eleições”, continuou.
Para a ministra, o momento de quarentena é difícil, em especial para as mulheres. “Muitas mães, mães de pessoas com deficiência, que cuidam de idosos… Tudo isso vai passar, estamos trabalhando para que o povo sofra o menos possível”, confortou.
“Rede de proteção”
De acordo com a titular do Ministério da Família, a participação feminina na política ajuda nas decisões importantes para o país. “A mulher na política pública coloca o coração. Temos que lutar para que todas as mulheres do Brasil tenham pelo menos uma mulher na Câmara de Vereadores. Assim, vamos fortalecer a rede de proteção à mulher”, disse.
Condutor do debate e autor da obra, Osmar Bria disse que a decisão de uma possível candidatura, para a mulher, é ainda mais difícil do que para o homem.
“O grande do desafio da mulher mora dentro. Ela tem que convencer a si mesma que é capaz de vencer uma eleição. Muitas vezes, ela pode ter de enfrentar a família, os amigos. Muita gente pode dizer que ela não vai conseguir, que não tem capacidade. O livro é uma ferramenta para que essa mulher possa organizar a própria campanha”, disse.