Cristovam: “Não me sinto à vontade nessa aproximação com Alckmin”
Declaração foi dada após o congressista deixar de ser escolhido pelo PPS ao Planalto, em nome de uma aliança de seu partido com o PSDB
atualizado
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Preterido pelo próprio partido como candidato à Presidência da República, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) declarou nesta segunda-feira (26/3) ao Metrópoles que não se sente à vontade com a aproximação de sua sigla com a possível candidatura do tucano Geraldo Alckmin ao Planalto.
O senador pelo Distrito Federal ponderou, no entanto, que ainda há tempo para o tucano realmente erguer a bandeira da melhoria do ensino. “Nós precisamos dialogar com Alckmin para ver se ele realmente nos trará uma esperança. Não sei se trará. Por isso, defendo apenas o diálogo”, completou.“Pessoalmente, não vejo propostas ousadas de Alckmin sobre a educação. Não vejo como ter uma esperada mudança se não conseguirmos uma intervenção nacional no sistema educacional. Não me sinto à vontade com essa aproximação”, disse Cristovam.
Candidatos de extremos
Cristovam Buarque diz temer o caminho pelo qual o atual cenário político nacional tem seguido. “O processo está fortalecendo extremos: Ciro Gomes [PDT] e Jair Bolsonaro [PSL]. São extremos antiquados e nostálgicos, porque um defende o retorno à ditadura, e o outro, uma política econômica ultrapassada. Alckmin também vive de passado”, criticou.
Sobre especulações de possível mudança de partido após ter sido preterido pelo PPS, Cristovam descartou deixar a sigla e diz que concorrerá à reeleição.
Entusiasta de candidaturas ao Planalto, como a do colega congressista Alvaro Dias (Podemos), o parlamentar minimiza o apoio. “Eu incentivo todos a serem candidatos à Presidência, isso não significa que o apoiarei. Faço isso porque o ponto alto da minha carreira foi ter me candidatado ao Planalto”.