Conselho de Ética analisa na terça representação contra Laerte Bessa
Parlamentar é acusado pelo PSB de ter agredido assessor do GDF na Câmara durante discussão sobre utilização do Fundo Constitucional
atualizado
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O processo que pede a perda de mandato do deputado federal Laerte Bessa (PR-DF) será analisado na terça-feira (20/11) pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. O parlamentar é acusado de quebra de decoro por, segundo consta na denúncia, ter agredido um subsecretário do Governo do Distrito Federal durante audiência pública no Congresso, em maio passado. O político nega.
A representação foi apresentada pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, do mesmo partido do atual governador do DF, Rodrigo Rollemberg. O cacique sustenta que Bessa, além de ter agredido, teria ameaçado o subsecretário de Articulação Federal, Edvaldo Dias da Silva, além de ter rasgado um relatório do governo. À época, o assessor do GDF registrou ocorrência na Polícia Legislativa do Senado.
“Não dei soco nenhum, todos viram. Apesar de que ele bem que merecia”, declarou o congressista ao Metrópoles logo após o recebimento da representação. De acordo com o documento, as vias de fato ocorreram após Bessa tentar estabelecer limites para a destinação do Fundo Constitucional do DF, priorizando as forças de segurança. No embate, o GDF fazia campanha contra e alegou que a mudança deixaria as áreas de Saúde e Educação desassistidas.
Procurado nesta segunda-feira (19), Bessa afirmou, por meio da assessoria de imprensa, que não se pronunciaria sobre o episódio.
Adiamentos
O processo contra Bessa está na pauta do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados desde julho. O órgão colegiado tem adiado a decisão em seguidas sessões, por falta de quórum ou por convocação-geral do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o que resulta no encerramento das reuniões ordinárias das comissões internas.
Internamente, a expectativa é de que o processo seja arquivado pelos deputados. Esta é a terceira representação que Laerte Bessa responde no Conselho de Ética da Casa. As outras duas foram rejeitadas pelo colegiado.
Anunciado como secretário-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do futuro governo Ibaneis Rocha (MDB), Bessa teve o nome envolvido em outras polêmicas. Na mais recente delas, o delegado aposentado da Polícia Civil do DF e o colega de bancada Alberto Fraga (DEM) trocaram empurrões e xingamentos em plenário, após desentendimentos sobre a extinção da Casa Militar do DF, anunciada pelo próximo governador.