“O governador Ibaneis pediu para que providenciássemos um documento, que será encaminhado para a Secretaria de Saúde, para a Secretaria de Mobilidade Urbana e também para a Codeplan [Companhia de Planejamento do DF]“, afirmaram Beto Pinheiro e Jael Antônio da Silva, presidentes das duas entidades, por meio de nota.
Segundo os sindicalistas, os três órgãos farão um estudo até a próxima sexta-feira (19/06), quando a data será ou não confirmada. “Se tudo ocorrer como planejado, os testes de Covid-19 nos funcionários de restaurantes e bares já poderão ser feitos neste final de semana”, continuou Pinheiro. “Caso a parte operacional atrase, a reabertura poderá ficar para a semana seguinte, no dia 1º de julho”, continuou.
De acordo com Jael, o documento já foi protocolado no Palácio do Buriti e, agora, será avaliado tecnicamente pelas autoridades sanitárias locais, a fim de referendar a data prevista.
“Defendo a reabertura com protocolos criados pela Abrasel e também pela Fecomércio, que estão sendo seguidos em cidades que já puderam retornar às atividades. Tem segmento aberto hoje que, na minha opinião, oferece mais risco que o nosso. Se tivermos funcionários com máscara, distanciamento entre mesas, higienização adequada, não vejo o setor como vilão”, explica Pinheiro, presidente da Abrasel-DF.
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Self-service árabe no Sudoeste, o Arabetto encerrou as atividades em 20 de março, com a publicação do decreto que fechou o comércio no DF
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O Brace Parrilla também fechou cedo: em 10 de abril, a direção avisou que encerraria as atividades em decorrência dos desdobramentos da pandemia
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Focado no consumo de narguilé, o Delta Bar não teria como funcionar nem mesmo em uma possível abertura do comércio e anunciou o fim das atividades em 9 de maio
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O alemão Fritz, com 40 anos de história na capital federal, fechou as portas definitivamente em 31 de maio
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Especializado em churrasco oriental, o Genghis Khan não teria como funcionar num formato que não fosse presencial. A direção optou por fechar as portas em 2 de abril
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Especializado em comida natural, o tradicional Green's fechou uma de suas casas, na 202 Sul, durante a crise
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Depois de três anos em Brasília, o Lavi fechou as portas em 29 de abril por causa da crise gerada pela pandemia
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A pandemia não foi o único motivo para o Le Jardin du Golf fechar, mas a chegada da crise levou a direção a concluir que era a hora de encerrar as atividades. A casa fechou em 29 de abril
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A franquia brasiliense Marietta teve a loja do Lago Sul fechada devido ao alto custo do aluguel do imóvel que ocupava
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Com uma grande faixa de passagem de ponto na fachada, o Naturetto Família parou de operar logo quando o comércio foi fechado no DF
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O restaurante Oliver passou 15 anos no Clube de Golfe e, devido à crise, optou por fechar ao não conseguir negociar o aluguel. O anúncio foi feito na última quarta-feira (10/06)
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O tradicional Piantella, palco de bastidores políticos desde sua fundação, fechou as portas em 28 de abril dada a impossibilidade de manter a operação
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Cafeteria brasiliense fundada em 2016, o Seu Patrício Querido Café ainda tentou operar com delivery e take out, mas a casa não resistiu aos efeitos da crise e vai fechar em 29 de junho
Vinicius Santa Rosa/Metrópoles
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Na Asa Norte, o Tiborna Bar reunia cerveja gelada, comida de boteco e música ao vivo. Sem operar durante o fechamento do comércio, a casa informou na última quarta-feira (10/06) que fechou as portas em definitivo
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Na 406 Sul, a fachada branca e preta, angulosa, do Tio Armênio, não conta mais com o letreiro do restaurante. A casa, original do Recife (PE), misturava cozinhas portuguesa e brasileira
Com o fim dos serviços desses locais – muitos tradicionais, que funcionavam havia décadas –, milhares de pessoas perderam seus empregos. O Sindhobar homologou, desde o decreto do Governo do Distrito Federal (GDF) que fechou o comércio em meados de março, em torno de 10 mil demissões.
Mas como existe uma convenção coletiva do órgão que desobriga a homologação em casos assim, o número real pode ser bem maior. A estimativa da Abrasel-DF é de que 14 mil pessoas que trabalham no setor tenham sido dispensadas desde 20 de março.
“Na última semana antes do isolamento social, o faturamento despencou porque o medo já havia começado, sentimos o baque ali. Orientamos que os empresários dessem 15 dias de férias coletivas e, em seguida, veio a Medida Provisória nº 936, que permitiu a suspensão de contratos por 60 dias”, comenta Beto Pinheiro, presidente da Abrasel-DF.