Coca-Cola tem pedido de show pirotécnico na Esplanada negado por Iphan
Caravana de Natal estava programando uma apresentação que duraria pouco mais de 1 minuto, mas órgão alegou que área tombada veda publicidade
atualizado
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A Coca-Cola bem que tentou, mas foi proibida de realizar uma queima de fogos na Esplanada dos Ministérios, no sábado (17/12), durante a conhecida Caravana de Natal, evento tradicional que percorre as ruas das cidades com caminhões do refrigerantes decorados com luzes natalinas.
A Brasal Refrigerantes, que representa a marca no Distrito Federal, encaminhou um pedido de autorização ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), uma vez que a área escolhida é tombada e, portanto, de responsabilidade do órgão federal.
A expectativa da empresa era desfilar pelos ministérios e, em determinado momento, parar nas proximidades do Congresso Nacional e realizar o show pirotécnico, previsto para durar 1 minuto, em homenagem à data que comemora o nascimento de Jesus. Para tanto, solicitava a instalação de dois andaimes de três metros cada.
Ao receber a solicitação, os técnicos do Iphan impediram a demonstração e argumentaram que, dentro da área tombada, não se pode ter empenas ou quaisquer atividades publicitárias que possam beneficiar qualquer empresa.
“Assim, a montagem de estruturas provisórias, destinadas a apoiar tal evento, não é passível de autorização do Iphan, considerando o caráter de campanha publicitária de natureza privada”, frisou o instituto.
O Iphan também disse que a restrição é exclusiva para a montagem, mesmo que temporária, das instalações para a apresentação dos fogos de artifício.
“A carreata em si não se enquadra como intervenção no bem tombado e, portanto, é dispensado de licença”.
O outro lado
Em nota, o Iphan informou que a “Coca-Cola propôs ao Instituto pedido de utilização da Esplanada para fins publicitários, que fere a norma de preservação. A parte do pedido negada pelo Iphan não diz respeito à caravana da Coca-Cola, ou mesmo à queima de fogos em si, mas, sim, somente à instalação de elementos publicitários nas estruturas de apoio, em incompatibilidade com as normas para o local.”
O Metrópoles tentou contato com a Brasal Refrigerantes, bem como com a assessoria de imprensa nacional da empresa, para questionar se o evento seria mantido mesmo com a negativa do órgão federal.
Contudo, a coluna não recebeu o retorno até a publicação da reportagem. O conteúdo será atualizado se houver a manifestação de algumas das empresas.