Cobertura da vacinação contra poliomielite chega a 30% no Distrito Federal
Segundo Secretaria de Saúde, 135 salas de vacinação ficarão abertas para atender crianças
atualizado
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A Secretaria de Saúde informou nesta sexta-feira (23/10) já ter vacinado, até a terceira semana da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite, 48.388 crianças entre um e cinco anos incompletos no Distrito Federal. O número corresponde a 30% da meta de cobertura, que é de 95% do público-alvo estimado em 160 mil crianças nessa mesma faixa etária.
Ainda conforme adiantou a pasta, no caso da Campanha Nacional de Multivacinação, também em andamento, o número de menores de 15 anos e que precisavam atualizar a carteira de vacinação foi de 63.362, o que representa 63,1% do público alvo. No total, 100.391 crianças e adolescentes foram vacinados no Distrito Federal.
A secretaria garantiu que os esforços vão prosseguir para que um número maior de crianças seja vacinado e a meta alcançada. Para isso, as 135 salas de vacinação, que funcionam de segunda à sexta-feira nos horários das unidades básicas de saúde (UBSs), permanecerão abertas para receber a população.
O Governo do Distrito Federal (GDF) estima que a procura pela vacina tende a aumentar na reta final das campanhas, que ocorrem simultaneamente, e serão encerradas no dia 29 de outubro. A corrida pelas soluções imunológicas pode aumentar a procura, provocando filas nas salas de vacinação.
A recomendação é que os pais levem os filhos para vacinar, mantendo os cuidados de segurança exigidos na pandemia. “É preciso ter um pouco de paciência, persistir e não desistir”, orientou o coordenador de Atenção Primária à Saúde, Fernando Erick Damasceno.
Queda no Brasil
A proteção vacinal da poliomielite no Brasil está sofrendo queda brusca neste ano. De janeiro a julho de 2020, a cobertura atingiu 60% do público-alvo, muito abaixo dos 95% preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O distanciamento social e o medo causado pela pandemia da Covid-19 são listados como as causas do declínio. Os números preocupam médicos, que temem um novo surto da doença já erradicada no país.