Cepa indiana: deputado quer barreira sanitária em maranhenses com destino ao DF
Vice-presidente da CLDF pediu providências para evitar que nova variante confirmada no Maranhão chegue até o território da capital federal
atualizado
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O vice-presidente da Câmara Legislativa (CLDF), deputado Rodrigo Delmasso (Republicanos, foto em destaque), solicitou para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a criação de uma barreira sanitária para controlar pessoas que saiam do Maranhão com destino ao Distrito Federal. O mesmo documento foi encaminhado ao Ministério da Saúde e à Secretaria de Saúde local.
O pedido ocorreu após pelo menos seis pessoas com Covid-19 do estado nordestino terem sido confirmadas com a infecção pela nova variante indiana, considerada ainda mais perigosa que a de Manaus (AM). De acordo com o secretário da Saúde do Maranhão, Carlos Lula, a variante B.1.617 foi encontrada em amostras de testes realizados na tripulação que estava a bordo do navio MV Shandong Zhi, atracado no litoral do Maranhão.
“Considerando os riscos que essa nova variante pode causar, podendo, inclusive, levar a um recrudescimento da pandemia no Brasil e em Brasília, bem como este parlamentar estar imbuído de um dever fiscalizatório outorgado pelo voto popular, é que solicito que essa agência instale barreiras sanitárias no aeroporto internacional de Brasília, bem como na rodoviária interestadual desta capital, com o objetivo de fazer testagem para Covid-19 nos passageiros oriundos do estado do Maranhão”, escreveu o parlamentar ao fazer referência à reportagem do Metrópoles.
Até a publicação da reportagem, a agência reguladora ainda não havia dado retorno ao parlamentar sobre a reivindicação para evitar que a nova mutação do Sars-Cov-2 consiga chegar à capital da República. A coluna Janela Indiscreta também tenta contato com o órgão federal.
A suspeita surgiu a partir do caso de um homem de 54 anos que relatou os primeiros sintomas da Covid-19 em 4 de maio. Com a evolução do quadro, o paciente precisou ser encaminhado de helicóptero para um hospital da rede privada em São Luís no último dia 13 de maio.
Também foram realizados exames em indivíduos com quem ele teve contato próximo, e a partir daí foi possível detectar a variante em outros cinco integrantes da tripulação. As pessoas que estão no navio se encontram isoladas, sem permissão de desembarque no Brasil.
Procurada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou que vai se manifestar quando tiver acesso ao documento.
Veja o documento:
Ofício 262_Anvisa_sobre a Variante Indiana Da Covid-19 (1) by Metropoles on Scribd