Centrão vê prova de fogo de Bolsonaro em sanção ou veto ao fundão
Na avaliação de governistas, caso presidente vete reajuste, ele sinalizará contra a maioria do Congresso, que aprovou texto polêmico
atualizado
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Integrantes do chamado Centrão – grupo de partidos que garante a governabilidade de Jair Bolsonaro (sem partido) – aguardam a decisão do titular do Palácio do Planalto sobre o veto ou a sanção ao reajuste do fundo eleitoral das eleições do ano que vem para R$ 5,7 bilhões. A matéria foi aprovada pelo Congresso Nacional na última semana e seguiu para a análise presidencial.
Como o texto foi apoiado por grande parte dos governistas, parlamentares ouvidos pelo Metrópoles acreditam que um possível veto de Bolsonaro a esse texto seria encarado como “um recado” a esses partidos, o que poderia resultar num esvaziamento da base aliada.
Se Bolsonaro vetar o fundão, acabará se eximindo da responsabilidade do Planalto sobre a medida e deixará impopulares os congressistas que apoiaram o texto, incluído na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO 2022) como autores da matéria.
Caso contrário, invalidará a argumentação de bolsonaristas, como Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF) e Carla Zambelli (PSL-SP), que seriam contra o reajuste do fundão.
“Se vetar, vai arrumar problemas com todos os partidos. Ele que terá de decidir”, avaliou um congressista.