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Celina Leão apresenta PL para reforçar alimentação de alunos no DF

Projeto foi desenvolvido após repercussão de desmaio de estudante de 8 anos, por conta de fome, em escola pública no Cruzeiro

atualizado

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Andre Borges/Agência Brasília
merenda escolar
1 de 1 merenda escolar - Foto: Andre Borges/Agência Brasília

Não foi só o Governo do DF que decidiu tomar medidas após a repercussão do caso do aluno de 8 anos que passou mal de fome em uma escola do Cruzeiro. Neste sábado (18/11), a deputada distrital Celina Leão (PPS) anunciou um projeto de lei que trata da distribuição de alimentação a estudantes da rede pública local.

A proposta prevê a disponibilização de “alimentação adequada” a alunos que estudam em regiões administrativas distantes de casa e precisam se deslocar por longos caminhos para chegar ao colégio. Segundo o projeto, a alimentação de alunos que fizerem percurso acima de uma hora de duração até a instituição de ensino deverá ser reforçada de forma a não comprometer a saúde e o aprendizado.

“É um absurdo um aluno de 8 anos da rede pública ter passado mal nesta sexta-feira [17] por sentir fome durante a aula. Essas crianças e adolescentes percorrem dezenas de quilômetros diariamente em busca do acesso à educação. É dever do Estado cuidar disso também”, afirmou a deputada.

De acordo com a parlamentar, é grande o número de estudantes que precisam realizar grandes distâncias para estudar por falta de vagas em escolas perto de casa.

“Os deslocamentos geralmente são longos e os alunos saem de casa muito antes do início das aulas, desta forma, chegam às escolas sem ter realizado as principais refeições diárias, o que compromete o aprendizado do aluno e traz prejuízos para a saúde”, acrescentou.

Também neste sábado (18), após a repercussão do caso, o governador Rodrigo Rollemberg determinou que a Secretaria de Educação do DF crie uma escola para atender a população que mora nas regiões do Paranoá Parque e do Itapoã, cidade onde reside o menino que passou mal. Enquanto um espaço definitivo não for construído, a pasta deve alugar prédio para dar início às atividades.

Relembre
O caso ocorreu na segunda-feira (13) e foi divulgado na sexta. O menino passou mal no início da tarde enquanto assistia a uma aula na Escola Classe 8, no Cruzeiro. A criança havia saído de casa, no Paranoá Parque, às 11h para chegar à instituição a tempo do início das atividades, às 13h30.

Pouco após a chegada à escola, o garoto se sentiu mal por conta da fome e chegou a ficar inconsciente. Atendido pelo Serviço Médico de Atendimento de Urgência (Samu), ele afirmou que não comia direito havia dois dias. O lanche da escola só seria servido às 15h30.

Após o mal-estar, a criança foi alimentada e apresentou melhora. Segundo o GDF, a família do aluno está incluída em dois programas sociais: o Bolsa Família e o DF Sem Miséria, que totalizam R$ 920 mensais, conforme a apuração do Conselho Tutelar.

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