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Cacique do Pros se recusa a depor e delegado sugere prisão à PF

Delegado de Planaltina (GO) acusa Euripedes Junior de “difamá-lo” no município, fato que justificaria o pedido de detenção preventiva

atualizado

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1 de 1 euripedes - Foto: Pros/Reprodução

O delegado titular da Delegacia de Planaltina (GO), Cristiomário Medeiros, sugeriu, à Polícia Federal, a prisão do presidente da Partido Republicano da Ordem Social (Pros), Eurípedes Júnior. A avaliação foi feita após o cacique partidário ter se recusado, na quarta-feira (2/5), a depor no município goiano.

Eurípedes Júnior é investigado por uma das fases da Lava Jato, acusado de trocar, por propina, o tempo de televisão e rádio da sigla para a então candidata Dilma Rousseff (PT).

Em comunicado por e-mail, Cristiomário Medeiros relata ao delegado federal André Moreira Branco, um dos responsáveis pelas investigações, encontros protagonizados pelo cacique partidário nos quais Eurípedes acusa o chefe de polícia do município goiano de usar o cargo para exercer “atividades políticas” e de tentar “intimidar a autoridade policial”.

“Em minha opinião, houve o cometimento de crime de difamação por parte de Eurípedes Júnior, quando disse que eu estaria utilizando de meu horário de trabalho para prática de outras atividades”, sustentou o delegado Cristiomário após citar a modalidade de prisão preventiva previsto no código penal. No texto, Medeiros avalia que o fato seria para tentar colocar a população local contra o policial.

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Após ser intimado via carta-precatória, o presidente do Pros, Euripedes Junior comunicou ao delegado de Planaltina (GO) que decidiu depor para o responsável da fase da Lava Jato
Com a recusa de Euripedes, o delegado municipal encaminhou email à Polícia Federal para sugerir a prisão do cacique
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PF solicita que delegacia goiana colha depoimento do investigado na Lava Jato via carta-precatória

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Após ser intimado via carta-precatória, o presidente do Pros, Euripedes Junior comunicou ao delegado de Planaltina (GO) que decidiu depor para o responsável da fase da Lava Jato

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Com a recusa de Euripedes, o delegado municipal encaminhou email à Polícia Federal para sugerir a prisão do cacique

Eurípedes informou ao delegado goiano que será ouvido “diretamente pela autoridade policial responsável pela condução dos autos do inquérito”, conforme comunicado assinado pelos advogados. Ao Metrópoles, a defesa do cacique já havia informado que o delegado teria interesse no caso, visto que havia disputado a prefeitura municipal nas últimas eleições, mas acabou derrotado pelo candidato do partido presidido pelo cacique.

Defensor de Eurípedes Júnior, o advogado Bruno Pena disse ainda que “o crime de difamação, previsto no artigo 139 do Código Penal, tem pena de 3 meses a 1 ano de detenção. Não cabe prisão por crime contra a honra”.

Segundo o advogado, o Estado Democrático de Direito assegura a todo cidadão brasileiro o direito de crítica, e a liberdade de manifestação do pensamento. “Quem não consegue conviver com as críticas, que não se aventure na vida pública”, finalizou.

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