Bolsonaro usa assassinato de Rhuan para defender prisão perpétua
Menino foi esquartejado pela própria mãe no Distrito Federal. Presidente fez comentário no Twitter e disse que caso é “chocante”
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) usou, nesta terça-feira (18/06/2019), o caso do menino Rhuan Maycon da Silva Castro para defender a prisão perpétua. Ele classificou o crime como “chocante” e escreveu que “infelizmente nossa Constituição não permite prisão perpétua”.
A declaração foi publicada na conta pessoal do presidente no Twitter, onde o titular do Palácio do Planalto demonstrou indignação com o assassinato da criança, cometido pela mãe e a companheira dela. O caso ocorreu na noite de 31 de maio, na cidade de Samambaia, no Distrito Federal.
“O chocante caso do menino Ruan, que teve seu órgão genital decepado e foi esquartejado pela própria mãe e sua parceira, é um dos muitos crimes cruéis que ocorrem no Brasil e que nos faz pensar que infelizmente nossa Constituição não permite prisão perpétua”, escreveu Bolsonaro no microblog.
Veja a publicação:
– O chocante caso do menino Ruan, que teve seu órgão genital decepado e foi esquartejado pela própria mãe e sua parceira, é um dos muitos crimes cruéis que ocorrem no Brasil e que nos faz pensar que infelizmente nossa constituição não permite prisão perpétua.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 18 de junho de 2019
Rhuan foi morto enquanto dormia pela mãe com ajuda da companheira dela, na casa onde moravam. Ambas confessaram o crime. De acordo com a polícia, depois de matarem Rhuan a facadas, as mulheres esquartejaram, degolaram a criança e tentaram queimar partes do corpo na churrasqueira do imóvel. Antes do assassinato, a mãe decidiu decepar de forma caseira o órgão genital do garoto, por alegar que Rhuan gostaria de “ter nascido menina”.
“Ideologia de gênero”
Há 10 dias, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, também havia manifestado indignação e relacionou o caso com as discussões de “ideologia de gênero” no Congresso Nacional. “A mãe do Rhuan e sua companheira acabaram fazendo uma cirurgia caseira de mudança de sexo, isso nas palavras dela. Ele foi bizarramente assassinado, esquartejado, mas esse crime parece que não está ecoando tanto na imprensa… Se você puxar um pouquinho, se raciocinar um pouquinho, você vai conseguir conectar esse caso à ideologia de gênero. Ou você não consegue conectar essa amputação de pênis com nenhum projeto da deputada Erika Kokay [PT] e Jean Willys [PSol]?”