Bia Kicis é suspensa e diz: “Querem calar soldados de Bolsonaro”
Deputada e outros 13 correligionários foram penalizados pelo PSL após enfrentarem crise interna que resultou na desfiliação do presidente
atualizado
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Uma das mais ferrenhas defensoras do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Congresso Nacional, a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF) foi suspensa durante seis meses pela legenda. A decisão foi tomada pelo diretório nacional pesselista ao acatar recomendação da executiva da sigla. Com isso, ela e mais 13 deputados da ala bolsonarista da agremiação estão com as atividades partidárias interrompidas. As penalidades foram aprovadas por unanimidade.
Na prática, Bia Kicis e os correligionários ficam impedidos se representar o partido em comissões e discursos no plenário. As sanções ocorrem após o presidente Jair Bolsonaro ter deixado a sigla em novembro passado devido a uma crise interna no partido comandado por Luciano Bivar (PE).
Pelo Twitter, a congressista comentou a determinação da legenda. “A turma da foto aí embaixo do PSL raiz, como se autodeclaram, puniu com suspensão de seis meses a mim e a vários outros deputados que pedimos transparência ao PSL. Eduardo Bolsonaro e outros pegaram 12 meses; outros 10; outros três meses. Querem calar os soldados do Jair Bolsonaro e se dizem leais”, escreveu.
No caso específico do deputado Eduardo Bolsonaro (SP), o partido dissolveu o diretório paulista comandado por ele. Com isso, o filho do presidente deixa de ser presidente do partido naquele estado. A próxima sanção será a perda da Liderança do PSL na Câmara dos Deputados. Uma lista com os possíveis substitutos já circula pelos corredores do Congresso.