Bancada do DF no Senado é unânime e rejeita aumento do fundo eleitoral
Reguffe, Leila Barros e Izalci votaram para manter o veto presidencial, mas a maioria dos congressistas decidiu inflar recursos para 2022
atualizado
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Os três integrantes da bancada do Distrito Federal foram contrários à maioria do plenário do Senado Federal e votaram para manter, nesta sexta-feira (17/12), o veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2022 que amplia o fundo eleitoral de R$ 2,1 bilhões para R$ 5,7 bilhões em 2022.
O veto havia sido derrubado pela Câmara dos Deputados em sessão mais cedo.
José Antônio Reguffe (Podemos), Leila Barros (Cidadania-DF) e Izalci Lucas (PSDB-DF) votaram com os 21 senadores que optaram por não reajustar o chamado fundão eleitoral para 2022. Contudo, a maior parte da Casa – um total de 53 votos – decidiu inchar os recursos destinados às campanhas eleitorais.
Os parlamentares haviam incluído na LDO as regras para a elaboração do Orçamento de 2022 e aprovaram a ampliação do fundão em julho deste ano.
Ao vetar, o Executivo alegou que o montante comprometeria outras previsões orçamentárias. Contudo, em reserva, aliados destacam que Bolsonaro precisava dar uma resposta ao eleitorado dele, mas não trabalharia para manter o veto.
O presidente da República não havia se manifestado contrário sobre a aprovação do montante até surgirem críticas dos apoiadores. A partir daí, Bolsonaro culpou o vice-presidente do Congresso, Marcelo Ramos (PL-AM), pela aprovação do fundão.
Ramos destacou que, como presidente da sessão, não votou e disse que os filhos do presidente – senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) – votaram a favor e, por causa das críticas, o mandatário estaria tentando proteger os filhos, desviando o foco.
Discussão
Os partidos que compõem atualmente o núcleo duro de apoio ao presidente – PP, PL e Republicanos – se manifestaram favoravelmente à derrubada nas votações na Câmara e no Senado.
O líder do partido de Bolsonaro no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), afirmou que o fundão eleitoral é uma alternativa para democratizar as eleições. “É um dos meios para que os desfavorecidos economicamente possam ter o mínimo de igualdade na disputa”, defendeu.