Assim como Arruda, Jaqueline Roriz pede suspensão de penas da Pandora
Com mesmos argumentos e mesmo advogado do ex-governador, ex-deputada federal terá o pedido analisado pelo vice-presidente do TJDFT
atualizado
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Após a manobra de José Roberto Arruda (PL), outra personagem conhecida da Caixa de Pandora pegou o bonde e solicitou à Justiça a suspensão da condenação por improbidade administrativa.
Filha do ex-governador Joaquim Roriz, Jaqueline Roriz usou rigorosamente os mesmos argumentos para tentar se livrar das penalidades impostas nesse processo cível.
E, assim como no caso de Arruda, o presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), desembargador Cruz Macedo, declarou suspeição para julgar também esse pedido da ex-parlamentar.
Anteriormente, Cruz Macedo havia decido se declarar impedido para julgar o caso de Arruda. Nas duas ações, os pedidos agora serão julgados pelo 1º vice-presidente da Corte, Angelo Passarelli.
Arruda trabalha para se livrar da pena e tornar-se elegível novamente para concorrer ainda nas eleições deste ano.
Jaqueline Roriz, contudo, diz que não quer voltar para a política, mas se tiver o seu pedido atendido até o período de registro de candidaturas, ela ficará liberada para concorrer.
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Entenda
No início da noite do dia 31 de maio, a defesa de Arruda ingressou no TJDFT para pedir a suspensão dos efeitos do acórdão que manteve a condenação do político por improbidade administrativa.
Na época, a Justiça entendeu que Arruda devia R$ 9 milhões (31,5 milhões corrigidos) em solidariedade com os empresários condenados juntamente com ele.
No caso de Jaqueline Roriz, o MPDFT acusava a ex-deputada e o marido, Manoel Neto, de receberem propina das mãos de Durval Barbosa, delator do esquema, para apoiar a candidatura de Arruda ao Governo do Distrito Federal.
Arruda foi protagonista do maior escândalo de corrupção no DF, revelado a partir das investigações da Operação Caixa de Pandora.