Após PCDF, outros servidores reivindicam reajuste do vale-alimentação
Buriti encaminhou projeto para CLDF analisar suplementação de R$ 392 no valor mensal dos policiais, mas categorias também querem benefício
atualizado
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Em tramitação na Câmara Legislativa (CLDF), o projeto que reajusta o auxílio-alimentação da Polícia Civil (PCDF) levantou o debate entre servidores públicos do Governo do Distrito Federal (GDF) sobre a isonomia entre todas as categorias.
Servidores da Saúde reivindicam reajuste em auxílio-alimentação do DF
A proposta enviada pelo Palácio do Buriti sugere a suplementação de R$ 392 mensais ao auxílio-alimentação aos integrantes da força, que atualmente é de R$ 458.
O texto foi aprovado nesta sexta-feira (11/) pela Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (Ceof) e prevê que a verba indenizatória dos policiais passe a ser de R$ 850 por mês. O reajuste virou alvo de reivindicação das demais categorias de servidores do governo distrital.
Na última quinta-feira (10/2), o Sindicato de Funcionários em Estabelecimentos de Saúde (SindSaúde-DF) encaminhou um ofício ao presidente da CLDF, Rafael Prudente (MDB), para solicitar a inclusão dos demais servidores no reajuste.
“Um pai não pode dar pão para um filho e oferecer pedras para outros. Todos somos servidores e merecemos o mesmo tratamento”, disse a presidente da entidade, Marli Rodrigues.
Isonomia
No documento, a sindicalista argumenta “a gritante diferença” de valores pagos pelo GDF a título de benefício alimentação entre seus servidores e pede igualdade de tratamento.
“Entendemos que a discussão do projeto de lei enviado pelo Executivo à CLDF é uma oportunidade da Câmara discutir um tratamento igualitário entre os servidores dos diferentes poderes e garantir isonomia com um reajuste do auxílio-alimentação para todos”, continua, ao registrar que reivindica a pauta desde o ano de 2019.
Os servidores do GDF recebem, atualmente, R$ 394,50 como auxílio-alimentação. O valor não é atualizado desde 2014, não acompanhou a inflação e o aumento do preço dos gêneros alimentícios. Na CLDF, por exemplo, o auxílio-alimentação é de R$ 1.340,68.
Segundo pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Benefício ao Trabalhador (ABBT), o DF é a lugar mais caro do Centro-Oeste para comer fora. Ainda de acordo com o estudo, o preço médio de um prato de comida fora de casa no Distrito Federal é de R$ 37,14.