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Após golpe, jogadoras do Gama terão passagem de volta pagas pelo GDF

Secretária de Esporte e Lazer, Celina Leão, disse que espera justiça para atletas, que ficaram sem alimentação e salário

atualizado

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David Pena/Divulgação
Time feminino do Gama
1 de 1 Time feminino do Gama - Foto: David Pena/Divulgação

O Governo do Distrito Federal (GDF) decidiu ajudar, nesta quarta-feira (25/11), cinco atletas de futebol feminino supostamente vítimas de um golpe. Moradoras do Rio de Janeiro (RJ) e de Belo Horizonte (BH), elas estavam sem dinheiro para comprar as passagens de volta para casa e até mesmo para alimentação (veja abaixo). O caso foi noticiado pelo Metrópoles.

“A Secretaria de Esporte e Lazer fica muito triste de acompanhar esse tipo de acontecimento no Distrito Federal. Brasília nasceu para ser referência em esporte, e não em calote. É inadmissível nossa cidade ficar conhecida por um acontecimento terrível como esse. Estamos falando de mulheres que estão em situação totalmente vulnerável, o que por si só já é um absurdo. Ainda deixar as atletas sem alimentação? A gente espera por justiça”, declarou ao Metrópoles a secretária de Esporte e Lazer, Celina Leão.

As desportistas acusam o “cartola” Ítalo Batista Teodoro Rodrigues de não cumprir o acordo e de não oferecer condições mínimas para os treinos, hospedagem e até mesmo refeições diárias das profissionais no DF. O empresário esteve à frente do futebol feminino do Gama durante o Candangão.

Dono de um “projeto social” chamado União Gamense FC – criado em 2017, suspenso em 2019 e retomado em 2020 –, ele costurou acordo com a Sociedade Esportiva do Gama para utilizar a marca do time durante a competição local.

No  final do campeonato, o time feminino sofreu uma derrota por quatro gols contra o Cresspom e, por mais dolorido que tenha sido o resultado, nem de longe se comparou ao aperto relatado pela equipe. A golpe se tornou público após um vídeo postado pelas atletas nas rede sociais.

 Vistoria

Após tomar conhecimento da reportagem do Metrópoles, uma equipe da Secretaria de Esporte e Lazer foi enviada ao local de hospedagem e constatou a situação de total abandono vivida pelas atletas. Foram doadas cestas básicas e mantimentos para que a alimentação das profissionais fosse garantida. Além disso, a Secretaria de Desenvolvimento Social incluiu o grupo como beneficiário de passagens para o retorno às cidades de origem.

A ajuda da área social do GDF ocorreu após ofício (veja abaixo) encaminhado ainda na tarde desta quarta-feira (25/11) pela Secretaria do Esporte, após a vistoria no local. A pasta pediu apoio “urgente e imprescindível” da Sedes-DF para viabilizar o retorno das jogadoras. Com a decisão, as atletas Ludymila Bárbara, Amanda Conde, Jade Cristina, Lorena Gonçalves e Cíntia Silva conseguirão voltar para casa.

 

Veja a íntegra do ofício:

Esporte Pede Para Sedes Ajudar Time Feminino Do Gama by Metropoles on Scribd

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Mesmo com calote, comissão técnica e jogadoras ficaram até o final da competição
As jogadoras criaram uma vaquinha virtual para tentar amenizar as dívidas
Elas relatam que a união entre elas ajudou a manter a vontade de jogar
Os treinos eram realizados em um campo público e sintético no Gama
Grupo seguiu firme até a rodada final
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Secretaria de Esporte forneceu cesta básica, carnes e mantimentos para a equipe do time feminino
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Mesmo com calote, comissão técnica e jogadoras ficaram até o final da competição

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As jogadoras criaram uma vaquinha virtual para tentar amenizar as dívidas

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Elas relatam que a união entre elas ajudou a manter a vontade de jogar

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Os treinos eram realizados em um campo público e sintético no Gama

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Grupo seguiu firme até a rodada final

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Calote

Segundo as atletas, o empresário não pagava inscrição dos jogos, deixava faltar comida antes dos treinos e não pagou nenhum salário ou auxílio. Tudo isso enquanto ostenta vida de luxo nas redes sociais.

“Uma pessoa destruiu nossos sonhos. Temos passado momentos difíceis aqui na casa. A gente chegou a jogar com oito, porque ele sumiu com o dinheiro da inscrição das atletas. Tivemos danos físicos e mentais. Muitas vezes ficamos preocupadas se ia ter o que comer antes dos treinos. A gente não sabe para onde ele levou esse dinheiro”, desabafou Ludymila.

Segundo o diretor jurídico do Gama, Wendel Lopes, o time não sabia da situação criada pelo empresário que cuidava do time feminino. Disse também que “o Gama teve seu nome utilizado indevidamente por uma pessoa que não tinha poderes para isso”.

O Metrópoles tentou inúmeros contatos telefônicos com Ítalo Batista, mas o número atribuído ao empresário está bloqueado pela operadora. A comissão técnica, as jogadoras e a Sociedade Esportiva do Gama não conseguem contato com o empresário há pelo menos uma semana.

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