Após CPI, Luis Miranda vai pedir expulsão de Onyx Lorenzoni do DEM
Deputado fez denúncias sobre supostas irregularidades na compra da Covaxin e foi atacado pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência
atualizado
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Pouco antes de realizar o depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, no Senado Federal, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) informou à coluna Janela Indiscreta, nesta sexta-feira (25/6), que vai pedir a expulsão do ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, ao presidente nacional do Democratas, ACM Neto.
A justificativa é que o integrante do Palácio do Planalto teria acusado indevidamente o parlamentar sobre um suposto documento falsificado para comprovar irregularidades na compra da Covaxin, fato desmentido.
Anteriormente, o congressista havia adiantado que denunciaria a legenda por descumprimento do Código de Ética do Democratas. Agora, ele encaminhará um pedido formal para o desligamento do correligionário e ministro das fileiras do partido.
“O que esse cidadão fez foi muito grave, e o meu partido não pode compactuar com isso. Ele me acusou de estar divulgando documento falsificado e que não era e os arquivos do próprio Ministério da Saúde provaram isso. Ele me caluniou, me ameaçou, me coagiu. São vários crimes que precisam ser respondidos”, disse.
Queixa-crime
Mais cedo, ao colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, o deputado Luis Miranda afirmou que moverá nesta sexta-feira (25/6) ação contra Onyx Lorenzoni no STF.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência atacou o parlamentar e anunciou que o governo Bolsonaro acionou a PF, a PGR e a CGU contra o deputado e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda.
“Onyx vai precisar explicar se existe um interesse pessoal dele nesse caso. É muito estranho”, afirmou o deputado ao colunista.
Na quarta-feira (23/6), Onyx convocou a imprensa para um pronunciamento no Planalto e disse o seguinte sobre o colega de DEM: “Vai ter que pagar, vai ter que se ver conosco”.