Após carta, Eduardo Bolsonaro abaixa o tom sobre ataque às urnas
Filho do presidente Jair Bolsonaro reagiu ao documento formulado por professores da USP e endossada por cerca de 300 mil pessoas
atualizado
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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) abaixou o tom, nesta quinta-feira (28/7), aos questionamentos sobre a segurança das urnas e, consequentemente, ao resultado das eleições.
A declaração ocorre um dia após o presidente Jair Bolsonaro (PL) reafirmar que defende a democracia brasileira, sem precisar de “cartinha”, em referência à carta em defesa da democracia e do processo eleitoral. O documento é assinado por ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), empresários, banqueiros e artistas.
“O que há de antidemocrático em pedir o aprimoramento do processo eleitoral? Ditadores prendem inocentes e opositores políticos sem amparo na lei. Quando isto ocorreu no Brasil, estes que assinam a tal ‘carta pela democracia’ nada fizeram. Nada disseram quando prenderam senhoras em praças e praias. Talvez seja porque não foi o presidente o mandante… será?”, comentou o parlamentar.
Veja a publicação:
O que há de antidemocrático em pedir o aprimoramento do processo eleitoral?
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) July 28, 2022
A divulgação de uma Carta em Defesa da Democracia se tornou um dos principais fatos políticos da semana no Brasil por representar ampla união de ideologias políticas distantes uma das outras em quase tudo, mas consensuadas em apoio ao sistema eleitoral brasileiro. Ate a última atualização da reportagem, o documento já havia reunido cerca de 300 mil assinaturas.
Formulada por professores da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), a carta recebeu o apoio de políticos de esquerda e de direita, de economistas ortodoxos e heterodoxos; de advogados lavajatistas e garantistas e até mesmo de personagens que já estiveram ligados ao governo de Jair Bolsonaro.