Ao contrário de outras regiões, DF descarta lei seca para frear Covid
De acordo com a Casa Civil, governador analisa diariamente a crise sanitária e novos anúncios serão baseados a partir dos dados técnicos
atualizado
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O secretário da Casa Civil do Distrito Federal, Gustavo Rocha, descartou, por ora, a criação de uma espécie de lei seca para impedir definitivamente a venda de bebidas alcoólicas enquanto estiverem em vigor as novas medidas restritivas para conter o avanço das infecções por Covi-19 na capital.
A declaração ocorreu na segunda-feira (8/3) durante coletiva realizada no Palácio do Buriti que teve o objetivo de avaliar o cenário da pandemia na capital da República. No DF, a venda desse tipo de bebida está proibida a partir das 20h.
A bebida alcoólica é apontada como uma das adversárias no combate ao novo coronavírus, principalmente por abastecer festas e aglomerações, ambas atividades que seguem proibidas.
“O governador tem recebido informações diárias sobre a pandemia e toda decisão é tomada a partir desses números”, frisou o secretário, ao negar um estudo para a proibição adotada por outros entes federativos.
No Brasil, além do limite de venda desses produtos, há aqueles que decidiram suspender totalmente o comércio de álcool, como a Prefeitura de Arcos (MG). O Executivo municipal proibiu por uma semana, a partir do último dia 2 de março, a venda e o consumo de bebidas alcoólicas na cidade, por causa da pandemia de Covid-19.
Na mineira Bambuí, a venda de bebidas alcoólicas também está proibida, e o comércio na cidade tem horário de funcionamento restrito. As determinações estão em vigor desde a quinta-feira (4/3).
Em outras unidades da Federação, como já ocorre no DF, há restrições de horários. É o caso de Goiás.
Países como África do Sul, Tailândia, Índia e México introduziram proibições totais de comercialização de bebidas alcoólicas, principalmente para minimizar os riscos de violência doméstica influenciada pelo uso de álcool durante o regime de isolamento.
Toque de recolher
Desde a noite de segunda-feira, está em vigor o toque de recolher nas ruas do Distrito Federal, das 22h às 5h. A medida ocorre após o aumento das ocupações de unidades de terapia intensiva (UTIs) na rede hospitalar da capital da República.
“Enquanto as UTIs estiverem com lotação máxima, precisaremos apertar as medidas de isolamento para diminuir o contágio e a consequente pressão sobre os hospitais”, afirmou Ibaneis ao Metrópoles. “Não deveríamos chegar a este ponto, mas é a única forma de combater o avanço da doença entre nós, principalmente evitando aglomerações”, completou o governador.