Acusado de violentar a ex-mulher, Roberto Caldas depõe nesta sexta
Ex-juiz da Corte Internacional de Direitos Humanos terá de esclarecer à Polícia Civil gravações em que agride Michella Marys
atualizado
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O ex-juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) Roberto Caldas foi intimado e dará depoimento na tarde desta sexta-feira (18/5) para a delegada Sandra Gomes, titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), na Asa Sul, em Brasília. O jurista foi denunciado em abril pela ex-mulher, a estudante Michella Marys, por agressões verbais, psicológicas, físicas e ameaça de morte. O caso corre sob sigilo.
O escândalo veio à tona após a ex-mulher do renomado advogado trabalhista ter apresentado quase 30 áudios, divulgados pelo Metrópoles, nos quais o advogado foi flagrado a ofendendo. Há ainda acaloradas discussões que sugerem a ocorrência de violência física. Caldas foi denunciado com base na Lei Maria da Penha.
Uma terceira babá manteve encontros sexuais com o então chefe da família e informou receber dinheiro em forma de retribuição pelos “favores”.
Por meio da assessoria, o advogado Roberto Caldas afirmou que não comentará o caso.
“Celeridade na apuração”
Após a divulgação das acusações contra o advogado Roberto Caldas, o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher disparou nota para “exigir celeridade na apuração e na devida punição às graves denúncias de violência doméstica e assédio sexual” cometidos por Roberto Caldas, ex-representante do Brasil na Corte Interamericana de Direitos Humanos.
“O CNDM irá acompanhar com muita atenção o processo de apuração e denúncia e espera que o caso seja exemplo de justiça e agilidade. O objetivo é evitar que novas mulheres transformem-se em vítimas”, registra o texto.
Repercussão internacional
Países que integram a Organização dos Estados Americanos (OEA), entidade a qual a Corte de Direitos Humanos é ligada, também repercutiram o caso. Pelo menos seis veículos de comunicação de nações como México, Panamá e Colômbia divulgaram as acusações, as quais resultaram no afastamento do juiz da entidade internacional.