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À beira do colapso, GDF improvisa espaços para desafogar hospitais

De acordo com Petrus Sanchez, unidades passarão por adaptações e um módulo deve ser anexado ao Hospital de Samambaia para ampliar capacidade

atualizado

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Atendimento a casos suspeitos de Covid-19 no HRC
1 de 1 Atendimento a casos suspeitos de Covid-19 no HRC - Foto: Igo Estrela/Metropoles

Com a proximidade do colapso nas unidades hospitalares da capital federal, o Governo do Distrito Federal (GDF) começa a improvisar ambientes para conseguir receber a quantidade crescente de pacientes que apresentam sintomas mais severos da Covid-19 e variantes.

De acordo com o secretário-adjunto de Assistência à Saúde, Petrus Barron Sanchez, responsável técnico pela pasta, pelo menos quatro hospitais de referência da rede pública devem passar por adaptações para ampliar a capacidade de atendimento daqueles que necessitam de assistência médica constante.

“O que a gente tem avançado muito é em busca de espaços dentro das próprias unidades hospitalares que têm sido pouco utilizados. Aí, então, a gente vai ter áreas maiores de unidades próprias para Covid dentro do Hospital de Santa Maria, do Hospital de Base, no Hospital Regional Leste [Paranoá] e também no Hospital Regional do Gama”, detalhou.

Modelo parecido foi adotado pelo Hospital Regional da Asa Norte (Hran), unidade que transformou a antiga sala de espera da emergência em espaço para atender pacientes. No local, foram instalados 10 pontos de oxigênio, no final do ano passado, o que ampliou a capacidade de ofertar o gás vital para os pacientes da Covid-19.

“Anexo”
Em outra investida, a Secretaria de Saúde também analisa a criação de uma espécie de anexo no Hospital Regional de Samambaia para desafogar a superlotação da unidade pública, classificado como “modular”.

“O que se pensa, realmente, é na similaridade daquele que foi acoplado à construção, em 33 dias, no Hospital Regional de Ceilândia, e se fazer também dentro do Hospital Regional de Samambaia. Seria algo naquele rápido modelo do que foi no Hospital Regional de Ceilândia”, explicou Petrus durante coletiva à imprensa na tarde de quarta-feira (10/3).

Realizada no ano passado, a obra temporária foi erguida em 33 dias e conta com 73 leitos de internação para reforçar os atendimentos na unidade. Além das 70 vagas de enfermaria, há também outras três de isolamento, para receber pacientes com sintomas gripais e comorbidades. O projeto foi doação da empresa JBS.

Colapso

A taxa de ocupação de unidades de terapia intensiva (UTIs) voltadas para pacientes adultos com Covid-19 na rede pública do Distrito Federal chegou a 100% no início da tarde dessa quarta-feira (10/3). De acordo com o sistema InfoSaúde, do GDF, atualizado às 14h10 de quarta, a ocupação de UTIs para tratamento do novo coronavírus, no geral, era de 96,83%.

Com o cenário preocupante, o secretário da Casa Civil, Gustavo Rocha, tenta conscientizar a população sobre a necessidade de respeitar as medidas restritivas para fazer com que o vírus pare de circular e, com isso, reduza a taxa ocupação de leitos.

Se precisar de vaga, não vai conseguir, nem mesmo em hospital privado. Chegamos a um momento em que a rede hospitalar do DF está no limite. Não adianta achar que na rede privada vai conseguir, porque não tem. As redes de saúde pública e a privada estão atuando no limite”, frisou.

Hospitais de campanha

Na semana passada, o governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou a abertura de mais três hospitais de campanha no Distrito Federal. As novas unidades serão instaladas no Ginásio do Gama, no Ginásio Nilson Nelson e em Santa Maria. Em publicação no Twitter, o chefe do Palácio do Buriti informou que serão criados mais 300 leitos nas unidades a serem inauguradas.

O governo acrescentou mais um centro de campanha no plano inicial – que era de abrir dois. Com mais de 90% dos leitos de UTI ocupados, o Executivo local corre para reabrir mais espaços e atender pacientes com Covid-19.

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