Trump reitera a Bolsonaro apoio à entrada do Brasil na OCDE
Apesar da confirmação do presidente norte-americano, não foi combinado um prazo para que o governo brasileiro entre no programa – de novo
atualizado
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Enviado especial a Miami – O primeiro resultado prático do quarto encontro entre o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi a reedição de uma promessa feita no primeiro encontro – no começo de 2019.
O mandatário norte-americano reiterou o apoio à entrada do Brasil na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Após fazer essa mesma promessa, o governo de Trump, em 2019, endossou a entrada da Argentina no grupo – não do Brasil.
O contexto, entretanto, mudou. Na época, o presidente argentino era Maurício Macri, um político de centro-direita alinhado com os Estados Unidos. Ele concorreu à reeleição no ano passado e perdeu para Alberto Fernandez, de esquerda. Dessa forma, o endosso anterior perdeu força e o Brasil voltou ao radar da administração Trump.
Os dois líderes registraram que suas equipes estão avançando em áreas de cooperação bilateral, inclusive a colaboração em pesquisa e desenvolvimento militar e a assinatura de um memorando de entendimento no âmbito do programa América Cresce, para estimular o desenvolvimento econômico no hemisfério. Brasil e Estados Unidos são as duas maiores economias do continente.
Além da OCDE, outro ponto tratado foi a participação do Brasil no programa de Operadores Econômicos Autorizados, que agilizará o comércio entre os dois países com garantias à segurança dos bens importados. A ideia é que o Brasil faça parte do programa em 2021.
Os presidentes também falaram sobre a situação da Venezuela. Para eles, a melhor alternativa seria que Juan Guaidó, presidente interino autodeclarado, assumisse o comando do país, “para restaurar a ordem constitucional” do Estado. Os mandatários também citaram “o esforço da Bolívia para a realização de eleições livres e justas”.
Agenda
Bolsonaro cumpre agenda de 4 dias nos Estados Unidos, onde pretende ampliar o comércio entre os dois países, assinar acordos na área de defesa e desenhar, nos moldes sugeridos por Trump, o que eles chamam de “solução” para o impasse na Venezuela. O país convive com a ditadura de Nicolas Maduro, de um lado, e com o autointitulado presidente do país, Juan Guaidó – aliado dos Estados Unidos -, do outro.
O último encontro de Jair Bolsonaro com o mandatário norte-americano, Donald Trump, ocorreu durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, em setembro de 2019. Antes, eles haviam se reunido no encontro do G20 – que reúne as principais potências do planeta, ocorrido em Osaka no mês de junho e na visita oficial a Washington, em março.