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Bolsonaro chama coronavírus de “histeria” e critica governadores

Segundo o presidente, as ações adotadas nos estados são ruins para a economia e prejudicam trabalhadores

atualizado

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Myke Sena/ especial para o Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro comprimenta manifestes em frente ao Palácio do Planalto
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro comprimenta manifestes em frente ao Palácio do Planalto - Foto: Myke Sena/ especial para o Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou, nesta terça-feira (17/03), “alguns” governadores por suas ações para evitar a propagação do coronavírus. O presidente voltou a usar o termo “histeria” para se referir à pandemia da doença.

“O que está errado é a histeria, como se fosse o fim do mundo”, afirmou Bolsonaro, que acusou “grandes órgãos de imprensa” de não o deixarem em paz, em referência às críticas recebidas por ter cumprimentado, no domingo (15/03), manifestantes de um ato pró-governo no Palácio do Planalto (foto em destaque).

As declarações foram dadas em entrevista à Rádio Tupi veiculada nesta terça (17/03).

Na mesma entrevista, o presidente disparou contra a ação de governadores que determinaram medidas de isolamento. Na opinião de Bolsonaro, essas ações vão prejudicar a retomada econômica do país e deixar muitos trabalhadores informais desassistidos.

“A economia estava indo bem, fizemos algumas reformas, os números bem demonstravam: a taxa de juros lá embaixo, a questão do Risco Brasil também estava indo bem. Esse vírus trouxe uma certa histeria e alguns governadores, no meu entender, eu posso até estar errado, estão tomando medidas que vão prejudicar e muito a nossa economia”, criticou Bolsonaro.

O presidente também alegou que o trabalhador informal será ainda mais afetado e citou como exemplo flanelinhas e vendedores de mate em estádios.

“Ele [trabalhador informal] vai ter que se virar, mas vai ter mais dificuldades e, tendo mais dificuldades, comerá pior. Comendo pior, já não comia tão bem, acaba não comendo adequadamente, ele fica mais debilitado, e o coronavírus chegando nele, ele tem uma tendência maior de ocupar um leito hospitalar”, argumentou.

Para Bolsonaro, o pleno funcionamento do transporte público é a “prova” de que tudo segue dentro da normalidade.

“Se você for nos ônibus do Rio de Janeiro, que vêm da Zona Oeste ou da Baixada, e no metrô de São Paulo, estão todos lotados, a vida continua, não tem que ter histeria.”

Bolsonaro também minimizou a letalidade da doença ao compará-la com “qualquer outra gripe ou infecção”.

“Geralmente ele ataca quem tem mais idade ou quem tem algum tipo de problema de saúde, aí passa a ser grave. Não é só o coronavírus que passa ser grave, qualquer outra pessoa, qualquer gripe, qualquer infecção.”

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