Bolsonaro embarca para São Paulo para agenda do PL com Valdemar
Em São Paulo, o ex-presidente Bolsonaro almoça com Valdemar Costa Neto e prestigia a posse da nova presidente do PL Mulher paulista
atualizado
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Dias após ter sido alvo de operação da Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) embarca para São Paulo neste sábado (6/5), a fim de cumprir agendas na cidade.
O horário previsto para desembarque no aeroporto de Congonhas será às 11h, segundo o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Na sequência, Bolsonaro deverá almoçar com Valdemar e, às 14h, prestigiará a posse da deputada federal Rosana Valle como presidente do PL Mulher paulista, que ocorrerá na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Bolsonaro está embarcando daqui a pouco para São Paulo, com horário previsto para desembarque no Aeroporto de Congonhas às 11h. Vamos almoçar juntos e às 14h nos encontraremos com a Michelle no evento onde Rosana Valle será empossada como presidente do PL Mulher SP, na Alesp.…
— Valdemar Costa Neto (@CostaNetoPL) May 6, 2023
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que hoje é a presidente nacional do PL Mulher, também participa da agenda na Alesp.
Após a PF fazer buscas em sua casa na quarta-feira (3/5), Bolsonaro chegou a cancelar viagens para se dedicar à sua defesa. Nessa sexta-feira (5/5), porém, ele avisou a aliados que mudou de ideia.
Segundo interlocutores ouvidos pela coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, Bolsonaro decidiu manter a viagem em uma tentativa de demonstrar que a investigação da PF de fraude em seu cartão de vacinação não o abateu politicamente.
Operação Venire
A Polícia Federal deflagrou, na quarta-feira (3/5), a Operação Venire, cujo nome deriva do princípio “Venire contra factum proprium”, que significa “vir contra seus próprios atos”, “ninguém pode comportar-se contra seus próprios atos”. É um princípio-base do direito civil e do direito internacional que veda comportamentos contraditórios de uma pessoa.
Segundo a PF, os suspeitos da fraude inseriram dados falsos de vacinas contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde entre novembro de 2021 e dezembro de 2022.
O objetivo foi emitir certificados falsos de vacinação para pessoas que não tinham sido imunizadas e, dessa forma, permitir que elas pudessem viajar e acessar locais onde a imunização era obrigatória.
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e outros dois assessores do ex-presidente foram presos.
A polícia também realizou buscas na casa de Bolsonaro em Brasília, ocasião em que o celular dele foi apreendido pelos agentes da PF. A suspeita é de que os cartões de vacinação do ex-presidente e de pessoas do entorno do ex-mandatário teriam sido falsificados.