“Quem segurou a onda na pandemia foram as mulheres”, diz Carole Crema
Em entrevista ao Metrópoles, a chef fala sobre os desafios causados pela Covid-19, a nova temporada do Que Seja Doce e a Páscoa
atualizado
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O jeito divertido e acolhedor de Carole Crema ficou conhecido pelos fãs de doces e programas culinários depois do Que Seja Doce, programa que a chef apresenta no GNT ao lado dos jurados Lucas Corazza e Roberto Strongoli e de Felipe Bronze.
E se ela divide a telinha com três homens, nas cozinhas da confeitaria que leva seu nome, as mulheres estão em maior número. “Hoje há mais mulheres que homens na minha equipe. A verdade é quem é batalhador, bom e competente sempre vai ter espaço”, defende.
No mês da mulher, ela também ressalta a importância do papel delas nesse momento tão intenso que o mundo atravessa. “Somos as mães, as donas de casa, professoras. Quem mais segurou a onda nesses meses de pandemia, né?”, pontua Carole.
Em entrevista ao Metrópoles, a apresentadora e chef, que começou a trabalhar em restaurantes em 1997, fala sobre os desafios vividos nos últimos meses, a nova temporada do programa e ainda suas apostas para a Páscoa 2021. Confira:
Natureza doce
Desde o começo de março é possível acompanhar a nova temporada do Que Seja Doce no GNT. O canal exibe o programa de segunda a sexta, às 20h, e conta com o corpo de jurados formado por Carole, Lucas Corazza e Roberto Strongoli. Os três oferecem personalidades e opiniões diferentes que conferem um tempero a mais para a produção.
“Essa nossa divergência enriquece o Que Seja Doce e faz com que o participante tenha sempre uma opinião mais carinhosa, uma técnica e outra perceptiva. Profissionais não são iguais e gosto também é muito relativo, então a gente divergir é o que mais representa a realidade”, defende Carole.
Os novos episódios tem como tema central a natureza e contam com ingredientes um pouco fora do comum nas confeitarias tradicionais, como mandioca e inhame. A jurada adianta também que eles vão trabalhar temas como sustentabilidade, além de valorizar os ingredientes nacionais.
Ainda entre as novidades da temporada, está o estúdio adaptado para tempos de Covid-19. Antes, os jurados dividiam uma mesa e agora é cada um na sua. “Fez falta estar mais perto da equipe, comer junto, socializar. Essa parte não pudemos fazer, pois cada um ficava no seu “canto” para evitarmos aglomeração e contato. Apesar da situação mais tensa, me senti segura”, afirma.
Pandemia nos negócios
Dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) indicam que cerca de 7% dos restaurantes do país fecharam as portas devido às dificuldades econômicas provocadas pela pandemia do novo coronavírus. Diante desse cenário, Carole acredita que quem mais sofreu com os impactos foram os pequenos.
“É muito triste, tem muita gente fechando. Somos um setor que não tem caixa, vivemos comprando e vendendo. O fechamento é muito prejudicial. Infelizmente só sobreviverão os que tiverem fôlego financeiro, que nem sempre são os melhores”, pondera.
A empresária acredita também que algumas mudanças exigidas vão permanecer, como o serviço de entregas. Mas ressalta a necessidade de trabalhar “de forma segura com relação a protocolos de segurança e higiene”.
Mesmo com as dificuldades impostas, o período serviu para aprimorar processos na confeitaria da apresentadora. “Fizemos muitos controles e organização interna, aproveitando a queda no volume de trabalho. Avaliamos muitas questões. Segurar a empresa e todos os funcionários também foi desafiador. Estamos tentando passar por isso e levar algum ensinamento”, afirma a cozinheira.
Com o pé na Páscoa
Em meio a todo o caos provocado pela pandemia, a expectativa gira em torno de uma Páscoa com sabor e afeto. Confeiteira de mão cheia, Carole oferece em sua empresa opções de ovos de colher, recheados, tradicionais e as versões mini. Na loja online também é possível comprar barras de chocolate, bombons, docinhos e bolos.
Mas a aposta principal deste ano é um ovo de colher inspirado na receita queridinha por norte-americanos e canadenses, o s’more. “Ele já está bombando. É feito com brigadeiro, biscoito e marshmallow queimado”, explica a empresária. O ovo de colher de Carole sai a R$ 98 com 260g e é entregue em todo o Brasil.
No menu de Páscoa da empresária está também o ovo Champagne (R$ 129,90 com 300g). A receita é feita com chocolate ao leite Callebaut e recheada com creme de champanhe. Quem gosta de algo mais tradicional pode optar pelo ovo ao leite (R$ 74,90 com 250g). Como manda o figurino, o ovo conta com alguns brindes: bombons recheados sortidos de Ovomaltine, paçoca, Nutella, doce de leite, avelã e flocos.
Uma boa pedida para a criançada é a Degustação do coelho (R$ 113,40 com 480g). O kit conta com seis mini ovos para provar todos os sabores da casa. As receitas consistem em ovinhos recheados de palha italiana, Ovomaltine, Nutella, brigadeiro maltado, paçoca e marshmallow. A unidade dos ovinhos sai a R$ 18,90.
Para fechar: 4 perguntas para Carole Crema
1. Muitas pessoas condenam o consumo de açúcar e, consequentemente, de doces. Qual sua opinião sobre o assunto?
Eu acho que pode comer sempre… com equilíbrio. Não acredito na condenação de nada, penso que sempre podemos consumir e viver o que queremos contanto que haja parcimônia, responsabilidade e maturidade.
2. Se você pudesse comer só uma sobremesa pelo resto da vida, qual seria?
Brigadeiro quente!!!!!!
3. Uma paixão inusitada
Adoro comprar em brechós virtuais. Um que indico é o Maison Tombée, de Alessandra Grohmann.
4. Doce é sempre uma boa opção para comer depois do almoço. Que receita Carole Crema recomenda ao público do Metrópoles para fazer em um dia especial?
Dias especiais pedem doces que combinam com você e sua família. Escolha sempre aquela receita com memória afetiva, que te transporta para um sentimento ou lembrança boa.