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Nina Horta, cronista de gastronomia, morre aos 80 anos em São Paulo

Célebre colunista da Folha ganhou o prêmio Jabuti pelo livro O Frango Ensopado da Minha Mãe, em 2016

atualizado

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1 de 1 nina-horta - Foto: Reprodução/Facebook

A cronista de gastronomia Nina Horta morreu aos 80 anos na noite deste domingo (06/10/2019), em São Paulo. Empresária, colunista do jornal Folha de S.Paulo e autora de livros como O Frango Ensopado da Minha Mãe e Não É Sopa, Nina lutava contra um câncer e foi vítima de infecção generalizada.

O velório está sendo realizado na manhã desta segunda-feira (07/10/2019), e o enterro estava marcado para as 11h, no Cemitério do Morumbi.

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Este livro reúne crônicas e receitas culinárias que Nina Horta vem publicando na Folha de S. Paulo desde 1987. Escrito numa prosa viva, saborosa e divertida, de alguém que enfrenta os mesmos problemas dos comuns dos mortais ao entrar numa cozinha, <b>Não É Sopa</b> traz um cardápio extremamente variado, para satisfazer aos mais diferentes paladares.
Com muita simpatia, a autora revela, por exemplo, como se sente alguém que come sozinho em um restaurante, ou discute temas difíceis, como o que fazer na hora de cuspir o caroço da azeitona. Em páginas engraçadíssimas, fala das delícias da comida perversa, como pastel de feira e torresmo de padaria, com o know-how de quem sabe apreciar o valor da comida de rua (bem-feita, evidentemente)
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O Frango Ensopado da Minha Mãe faz uma nova reunião de textos inéditos em livro – também originalmente publicados na Folha de S.Paulo –, selecionados com a colaboração de Rita Lobo, discípula confessa de Nina Horta. Eles consolidam a presença da autora não apenas como referência na bibliografia gastronômica, o que já seria muito, mas também como continuadora do melhor da tradição da crônica literária brasileira. Os textos de Nina pretendem falar sobre comida, mas falam de vida. De uma vida simples, rica em experiências e repetições que levam à sabedoria – do jeito que ela prefere a culinária: sem esnobaria e afetação. Bolo de noiva, sardinhas, torresmo e coca-cola são motivos suficientes para evocar a lembrança da revista semanal ilustrada O Cruzeiro, do cheiro do tomate pisado, dos guardanapos de François Vatel, das “varandas mineiras de poucas palavras e muita tosse”

Companhia das Letras/Divulgação
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Este livro reúne crônicas e receitas culinárias que Nina Horta vem publicando na Folha de S. Paulo desde 1987. Escrito numa prosa viva, saborosa e divertida, de alguém que enfrenta os mesmos problemas dos comuns dos mortais ao entrar numa cozinha, Não É Sopa traz um cardápio extremamente variado, para satisfazer aos mais diferentes paladares. Com muita simpatia, a autora revela, por exemplo, como se sente alguém que come sozinho em um restaurante, ou discute temas difíceis, como o que fazer na hora de cuspir o caroço da azeitona. Em páginas engraçadíssimas, fala das delícias da comida perversa, como pastel de feira e torresmo de padaria, com o know-how de quem sabe apreciar o valor da comida de rua (bem-feita, evidentemente)

Companhia das Letras/Divulgação
Carreira

Nina foi uma das maiores cronistas de gastronomia do País. Mantinha sua coluna na Folha desde 1987. Seu último post foi no dia 6 de fevereiro. Em Pequenas Coisas, contava a história de uma “casinha jeitosa” que sobreviveu, sozinha, ao estouro da barragem de Brumadinho.

Sua primeira coletânea de crônicas, Não É Sopa (Cia. das Letras), foi publicada em 1995. Em 2016, ganhou o Prêmio Jabuti de gastronomia com O Frango Ensopado da Minha Mãe (Cia. das Letras), que reunia textos publicados no jornal nos últimos 20 anos. O livro é leitura obrigatória para quem gosta de ler e comer.

Mineira, Nina Horta passou a maior parte de sua vida em São Paulo, mas tinha verdadeira paixão por Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro, onde manteve um sítio por mais de 30 anos.

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