Câmara derruba exigência de selo SIF para queijos Serra da Canastra
Tarja demora cerca de dois anos para ser emitida pelo Ministério da Agricultura, o que burocratiza a comercialização dos produtos
atualizado
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A Câmara dos Deputados aprovou, na terça-feira (20/3), o Projeto de Lei nº 3.859/15, que permite a comercialização interestadual de produtos artesanais de origem animal, como queijos e embutidos, incluindo o queijo da Serra da Canastra. A matéria segue para apreciação no Senado.
O texto, do deputado Evair Vieira de Melo (PV-ES), derruba a exigência do selo Serviço de Inspeção Federal (SIF) para a comercialização dos artesanais, e o simplifica um outro, que é único, denominado ARTE.Bom para o produtor, bom para o consumidor
A tarja SIF demora cerca de dois anos para ser emitida pelo Ministério da Agricultura, o que burocratizava a comercialização dos produtos. Desde 13 de março de 2012, o queijo da Serra da Canastra é reconhecido com indicação de procedência pelo INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). Agora, a promessa é que o método de controle seja descentralizado e mais ágil.
A história dos problemas com o queijo se popularizou no Rock in Rio de 2017, quando a premiada chef Roberta Sudbrack abandonou o evento após a vigilância sanitária interditar seu estande, na praça gastronômica, e decretar que queijos e linguiças artesanais estavam fora do padrão de qualidade exigido.
A inspeção jogou fora cerca de 160 quilos de alimentos, que, segundo a chef, estavam dentro do prazo de validade. O problema apontado pela vigilância era justamente a ausência do selo INF. Roberta desabafou nas redes sociais, e o post teve mais de 90 mil compartilhamentos.