Em Brasília, Rita Lobo fala sobre consumo de comida “de verdade”
A chef esteve no Ministério da Saúde nesta terça (4/10) para uma conversa sobre hábitos alimentares
atualizado
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De passagem por Brasília para falar sobre dois projetos, Rita Lobo foi à livraria Cultura, lançar um novo livro, mas antes esteve no Ministério da Saúde, onde falou sobre o curso online baseado no “Guia Alimentar Para a População Brasileira”.
Ambos os projetos têm similaridades. Sétima publicação de Rita, “O Que Tem na Geladeira?” ensina como utilizar os 30 principais legumes, hortaliças e raízes, indo da abóbora ao tomate. Já o Guia serviu de base para o curso “Comida de Verdade”, publicado em seu canal no YouTube, uma parceria com o professor Carlos Monteiro. Ele é coordenador do Guia criado pelo Ministério da Saúde (MS).Em conversa com servidores do Ministério da Saúde na tarde desta terça (4/10), Rita explicou como se deu a parceria. No YouTube, a chef publicou 10 vídeos explicativos para ensinar o cidadão a se alimentar melhor.
As aulas explicam desde o significado de alimentação saudável, passa por preços e como comer bem na rua, até a utilização correta dos utensílios de cozinha. Os vídeos já estão disponíveis no canal “Panelinha”. A intenção é tornar a alimentação saudável mais acessível às pessoas. “A gente pensou em obstáculos que afastam as pessoas de uma boa alimentação e propôs soluções para eles”, disse Rita Lobo.
Os vídeos também serão divulgados pelo site do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde. Segundo a coordenadora de alimentação e nutrição do MS, Michele Lessa, a ideia é exibir as gravações nas unidades básicas de saúde. “Os vídeos podem ser passados nas salas de espera. Assim, acreditamos que mais pessoas terão acesso aos materiais”, avaliou Michele.
Rita conta que comida “de verdade” é aquela que “é comprada na feira, não é processada e não vai direto do micro-ondas para o consumo”. Durante o papo, a apresentadora falou que o dia-a-dia cada vez mais corrido e a forma de vida das pessoas influencia muito nos hábitos alimentares, mas é necessário recuperar a cultura do “cozinhar”. “Tudo é aprendido, a gente precisa incentivar as pessoas a cozinhar, a irem para a cozinha”, observou.
A chef ainda ressaltou que não é necessário fugir da cultura nacional para se alimentar bem. “No Brasil, a gente tem a cultura de comer arroz com feijão cinco vezes por semana. Na sexta é dia de peixe, no sábado, de feijoada. Esses padrões devem ser mantidos. Cada local tem a sua dieta”, explicou.
Veja um trecho da conversa:
Sétima publicação
Sobre o novo livro, “O Que Tem na Geladeira”, Rita pontuou a falta de conhecimento do brasileiro em cozinhar com o que tem em casa. “As pessoas têm dificuldades em transformar o que elas compram na feira em pratos variados”, disse a autora, que busca minimizar o problema sugerindo cerca de 200 receitas.
No livro, ela também ensina as técnicas e métodos de cozimento, diferentes tipos de cortes e combinação de sabores. “Combinando estas técnicas as receitas são infinitas”, ressalta Rita.