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Duas mães: chef do DF e esposa contam alegrias da adoção das filhas

O Metrópoles conversou com a chef Raquel Amaral e a esposa, Fabrícia, sobre a adoção das filhas. Esse é o quarto Dia das Mães do casal

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Na foto, a Chef Raquel Amaral, a esposa Fabrícia e as filhas Carol e Ana Lara - Metrópoles
1 de 1 Na foto, a Chef Raquel Amaral, a esposa Fabrícia e as filhas Carol e Ana Lara - Metrópoles - Foto: Wey Alves/Metrópoles

Na casa da chef Raquel Amaral e de sua esposa, Fabrícia, a vida de dupla maternidade é comum: as duas são mães de Ana Lara, de 7 anos, e Carol, de 5, e se apoiam na criação das filhas. A dupla maternidade começou em 2016, quando elas entraram no processo de adoção, mas se concretizou em 2020, ano em que as meninas chegaram em casa. “São filhas da pandemia”, comenta Fabrícia.

Em entrevista ao Metrópoles, o casal contou como foi a adoção, mostrando que qualquer família que tenha afeto e cuidado — com duas mães ou qualquer outra configuração — é normal e feliz. Juntas desde 2005 por conta de amigos em comum, casadas e sem medo de viver, Raquel e Fabrícia tomaram a decisão de se tornarem mães e logo foram atrás do sonho.

Na foto, a Chef Raquel Amaral, a esposa Fabrícia e as filhas Carol e Ana Lara - Metrópoles
As meninas foram adotadas durante a pandemia, em 2020

“A gente entrou com o processo e não tínhamos muitos pedidos acerca das crianças. Estávamos abertos a meninos, meninas, com idade até uns 7 anos, qualquer etnia, com deficiências ou não… Só queríamos ser mães”, declarou Raquel. Após dois anos de espera, muitos cursos e terapia, o momento chegou.

“Recebi uma ligação falando que tinham duas irmãs disponíveis para a gente adotar. Aceitei na hora. Não quis ver foto antes, só aceitei de primeira. Chorei de alegria, meu coração ficou muito feliz”, diz a chef.

Contudo, nem tudo ocorreu como planejado. Com data marcada para buscar as pequenas em março de 2020, a viagem para trazê-las para casa teve que ser adiada por conta da pandemia de Covid-19. “O lockdown começou na semana que íamos buscá-las. Tivemos que esperar cerca de dois meses. Nos falávamos por videochamada”, relembra Fabrícia.

Mamães dedicadas, elas buscaram se fazer presente na vida das filhas até o real encontro. “Foi emocionante trazer elas pra casa. Desafiador, claro… Mas emocionante”, ressaltou Amaral, frisando que o início foi complicado. “Elas eram muito desconfiadas, e com razão! Demoramos um pouco para ganhar a confiança delas, mas hoje somos uma família unida e amorosa”.

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As duas são muito brincalhonas
O processo de adoção durou 4 anos
As meninas são tranquilas com o fato de serem adotadas. O assunto não é tabu na família
Raquel e Fabrícia contam que nunca sofreram preconceito com as filhas
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Carol tem 5 anos e Ana Lara tem 7

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As duas são muito brincalhonas

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O processo de adoção durou 4 anos

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As meninas são tranquilas com o fato de serem adotadas. O assunto não é tabu na família

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Raquel e Fabrícia contam que nunca sofreram preconceito com as filhas

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Duas mães? Como assim?

Além de reconhecerem Fabrícia e Raquel como mães, outro ponto foi demorado para Carol e Ana Lara compreenderem. “No começo, elas achavam que cada uma tinha uma mãe e que, em algum momento, íamos começar a namorar com os ‘pais’. Fomos explicando, com muito amor, paciência e com uma linguagem apropriada para a idade delas, que éramos casadas uma com a outra, e éramos as duas mamães”, disse a chef.

Elas celebram uma vitória: nunca sofreram preconceito com as filhas. “Tirando alguns olhares atravessados, que sempre têm, nós nunca passamos por nenhuma situação ruim. Muito pelo contrário… Os colegas de escola acham superlegal que elas tenham duas mães e até perguntaram para os pais como eles conseguiam ter duas mães”, declarou Fabrícia.

“Ser mãe é padecer no paraíso”

Segundo a dupla, a adoção das filhas foi facilitada por conta do tratamento na perna que a mais nova, Carol, faz no Hospital Sarah Kubitschek. “Ela tem uma deficiência que era tratada aqui em Brasília desde bebê, foi tranquilo ela vir para cá”, comentou Fabrícia.

A pequena, antes, usava uma prótese a machucava. No entanto, passou por duas cirurgias e, hoje, usa uma adaptada e melhor. “Corre para todo canto, sobe em tudo”, disse uma das mães aos risos.

Ativas durante a entrevista, as pequenas se mostram animadas e amam brincar. “São bagunceiras como toda criança, e a gente ama muito. Temos algumas dificuldades, não tem como correr: elas fazem terapia, de vez em quando tem alguma crise de choro, lembram do passado… Mas é incrível, eu não trocaria ser mãe delas por nada nesse mundo”, complementou Raquel.

Conselho de quem sabe

Para quem está pensando em adotar, a dica do casal é: apenas vá! “Se você estiver cogitando, entre já na fila de adoção. Não espera, não deixa o medo te dominar, só vai”, pontou Amaral, afirmando que “temos que estar sempre abertos para a vida”.

“A gente está afim de ser feliz e colocar a cara a tapa; se tem vontade de ser mãe ou pai, seja! Não pense duas vezes, pois isso pode te paralisar. Pode ser difícil, e vai ser mesmo! Mas isso é algo muito pequeno perto da alegria, do amor e da felicidade que nós, como mães, podemos proporcionar para as crianças”, finaliza.

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