Dia da Consciência Negra: conheça 3 chefs com trajetórias inspiradoras
O Metrópoles separou três histórias inspiradoras de chefs de cozinhas pretos para celebrar o Dia da Consciência Negra
atualizado
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O Dia da Consciência Negra é comemorado nesta segunda-feira (20/11). A data não apenas faz referência à morte de Zumbi dos Palmares, em 1965, mas também serve para conscientizar sobre a força e resistência que a população preta demonstra desde os tempos da colonização até os dias atuais.
No âmbito da gastronomia, essa celebração é uma oportunidade para reconhecer e valorizar as contribuições da culinária afro-brasileira, ampliando o entendimento sobre a diversidade que molda a identidade do país. Por isso, o Metrópoles separou três histórias inspiradoras de chefs de cozinhas pretos.
Confira:
Samantha Laurindo
A chef de cozinha Samantha Laurindo, de 34 anos, saiu do interior do Espírito Santo para Búzios para trabalhar. Dois meses depois, a capixaba foi diagnosticada com câncer de ovário e precisou voltar para sua cidade natal. Felizmente, ela se curou e voltou para Búzios com uma proposta de trabalhar para uma família.
Tempos depois, Samantha conheceu pessoas influentes da Região dos Lagos e decidiu cursar gastronomia pelo Instituto Federal Fluminense (IFF). O sucesso foi tanto que ela abriu um delivery de comida e, logo depois, o Amaré Bistrô Boutique, que funciona apenas com reservas antecipadas.
João Diamante
João Diamante é um chef de cozinha que nasceu na Bahia, mas foi criado na comunidade de Divinéia, no Rio de Janeiro. Formado em gastronomia por meio de programas sociais, o cozinheiro de 32 anos tem como especialidade “a simplicidade da gastronomia”, utilizando técnicas que remontam suas raízes.
Ao longo de sua carreira , João trabalhou com grandes nomes da cozinha, como Alain Ducasse, e chefiou uma das cozinhas da Confederação Espanhola nas Olimpíadas Rio 2016. Atualmente, ele é apresentador de programas culinários, modelo e idealizador da ONG Diamantes na Cozinha, projeto que capacita jovens pretos em situação de vulnerabilidade para atuarem na gastronomia.
Catarina Freire
Brasiliense, Catarina Freire tem 28 anos e começou na gastronomia de um jeito diferente. A jovem cursava direito e dava aulas particulares de inglês. Um dia, ela decidiu sair de casa e bancar o aluguel de uma quitinete. Porém, as contas não estavam fechando no final do mês.
Sua mãe, então, sugeriu que Catarina fizesse bolo no pote para aumentar a renda. Aos poucos, ela foi tomando gosto pela arte até que decidiu largar a faculdade para fazer gastronomia. Hoje, ela chefia a equipe do restaurante Santuária, na 216 Norte, em parceria com Bela Marconi. Juntas, elas também são criadoras da empresa de consultoria Cais, na qual são sócias do chef Pedro Coe.