Dia da Consciência Negra: 5 chefs do DF que merecem sua atenção
Para celebrar o Dia da Consciência Negra, o Metrópoles apresenta o trabalho de cinco chefs do DF que você precisa conhecer agora mesmo
atualizado
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O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, homenageia Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo de Palmares, que morreu neste mesmo dia em 1695. A data destaca a importância da luta contra o racismo e a valorização da cultura afro-brasileira em suas diversas manifestações, incluindo a gastronomia.
No Distrito Federal, chefs de cozinha têm se dedicado a resgatar tradições e exaltar a ancestralidade por meio de seus pratos. Além de levar à mesa sabores que contam histórias, esses profissionais utilizam a gastronomia como uma forma de preservar e valorizar a identidade negra.
Para celebrar o Dia da Consciência Negra, o Metrópoles apresenta o trabalho de cinco chefs do DF que você precisa conhecer agora mesmo!
Confira abaixo:
Júlia Almeida
Virginiana e “brasiliense de sangue, mas com coração paulista”, Júlia Almeida acumula mais de 16 anos de cozinha brasileira. Mãe da fofíssima Lia, é chef do restaurante The Plant, na 103 Sul e 109 Norte; do Coffeetown Brasília, na 102 Sul; do Castanho | Café & Brunch, na 108 Norte; e do bar Primo Pobre, na 203 Norte.
Formada em gastronomia, Julia se considera eterna estudante e pesquisadora de alimentos. “Trabalhei nas melhores cozinhas do país e do mundo, e tenho muito orgulho de falar da minha passagem em cada uma delas, dos amigos que fiz, dos grandes chefs e cozinheiros que tive o prazer de trabalhar”, escreveu em uma publicação no Instagram.
Júlia, que participou do programa The Taste Brasil 2024, conta que sua “cozinha mãe” foi o Maní, da jurada do MasterChef Helena Rizzo. Depois, passou pelo Carlota, pelo antigo Attimo, Açougue Central e Senac. Além disso, trabalhou no Estela (Nova York), Astrid y Gastón, Central e Maido, todos em Lima, no Peru.
Agora, Júlia chefia várias cozinhas, “sempre em processo criativo, estudando, pesquisando e sonhando alto”.
Papa Singane Diaw (Papy)
Senegalês, o chef de cozinha Papa Singane Diaw, conhecido como Papy, veio para Brasília em 1998, acompanhado de sua irmã diplomata. Na época, cursou relações internacionais na Universidade de Brasília (UnB) e começou a dar aulas de francês (atualmente, ele ainda trabalha como professor).
Anos depois, Papy decidiu que queria abrir um restaurante para divulgar a cultura senegalesa. Foi aí que surgiu o Sunugal Bistrô, na 406 Norte. A casa dispõe de um self-service repleto de tradição, com pratos senegaleses, opções veganas, grelhados e uma variedade de saladas frescas.
Helena Rosa
Helena Rosa é a idealizadora do Crioula Café, na QI 31 do Guará II. A cafeteria, inspirada na cultura quilombola, está no mercado há 6 anos e tem a missão de entregar sabor caseiro e tempero cheio de história.
Em entrevista anterior ao Metrópoles, Helena contou que seu amor por café surgiu há cerca de 8 anos, quando conheceu as potencialidades do café especial. “Aliado a isso, eu me interessei pelo ‘conjunto da obra’ que acompanha o café: uma boa conversa e mesa posta.”
Com isso, ela transformou suas raízes quilombolas em um verdadeiro legado de sabor e cultura. O Crioula Café oferece cafés, sucos, tapiocas, pamonha, sanduíches e a famosa matula de cuscuz, prato típico da região quilombola.
Chidera Ifeanyi
O nigeriano Chidera Ifeanyi, que chegou ao Brasil em 2008, comanda as caçarolas do Simbaz – Culinária Afro e Bar, primeiro restaurante de culinária africana em Brasília. O estabelecimento fica na 412 Sul e reúne as características das quatro principais regiões que compõem a África.
Chidera Ifeanyi cursou Engenharia Elétrica na Universidade de Brasília (UnB), mas o amor pela gastronomia superou seus objetivos iniciais. Com o tempo, cozinhou para as delegações da Nigéria na Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas Rio-2016.
Em 2017, iniciou sua carreira de chef-proprietário do Simbaz – Culinária Afro e Bar. O menu conta com pratos típicos dos 54 países do continente africano, além de opções veganas e happy hour. Um dos destaques da casa é o Nabeba Moutains (carne de cabra frita, cebola, tomate e pimenta).
Catarina Freire
O amor da chef Catarina Freire pela gastronomia surgiu a partir de uma necessidade. Após decidir sair de casa, ela começou a fazer bolo no pote para aumentar a renda. Aos poucos, foi tomando gosto pelas “panelas”, até largar a faculdade de direito para fazer gastronomia.
Atualmente, Catarina chefia a equipe do restaurante SANTÚ Comedoria, localizado na 216 Norte. O menu é composto por vários pratos cheios de brasilidade, como o Quiabo crocante, que leva quiabos empanados na farinha de mandioca com veganese de páprica picante.