metropoles.com

Viva o porco! Conheça dois novos restaurantes que apostam na carne suína

Xamam e Bacon Brasa e Lenha abriram as portas na Asa Sul e valorizam o ingrediente nos cardápios

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Bruno Aguiar/Imagem cedida ao Metrópoles
Bomba de costela do do restaurante Xamam
1 de 1 Bomba de costela do do restaurante Xamam - Foto: Bruno Aguiar/Imagem cedida ao Metrópoles

Saborosos, os porcos são responsáveis por cerca de 40,1% do total de proteína animal consumido pelas pessoas. Os dados são de uma pesquisa feita pelo National Pork Board e encomendada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos. Eles apontam que a carne suína é a mais consumida no mundo. E não é para menos. O mamífero oferece uma enorme variedade de cortes que podem ser o prato principal ou um ingrediente a mais para compor os preparos. Em Brasília, dois novos restaurantes da Asa Sul apostam em cardápios que valorizam o porco, o Xamam e o Bacon Brasa e Lenha. 

O Xaman nasceu da junção entre as habilidades de Alexandre Freitas com a charcutaria, os talentos culinários de Anthony Soares e a vontade de empreender de Márcia Monteiro. O restaurante promete “uma elevação” quando o assunto é gastronomia e carne de porco. Por lá, praticamente todos os pratos levam a carne do animal na composição. Segundo Freitas, eles querem se tornar uma referência em carne suína no Distrito Federal e não negam a inspiração na premiada A Casa do Porco, localizada em São Paulo e comandada pelo chef Jefferson Rueda.

“Quando a gente começou, a ideia era abrir uma charcutaria. Mas achamos que seria um negócio mais completo se houvesse um restaurante, onde desse para usar as carnes produzidas e também colocá-las a venda”, explica o mestre charcuteiro Alexandre Freitas. E com pouco mais de um mês de casa aberta, eles têm grandes ambições. “Nossa ideia é que sejamos conhecidos  como A Casa do Porco de Brasília. Não queremos nos colocar no lugar deles, mas saber que somos a segunda Casa do Porco do Brasil. Uma referência nesse tipo de preparos”, pontua. 

Ele revela ainda que apostaram nos suínos por considerar a carne muito saudável. Freitas enfatiza que na maior parte dos cortes, a gordura está por fora, e pode ser retirada. Além disso, destaca que a gordura do porco é considerada mais saudável que outras opções, como óleos e manteiga. Mas é importante lembrar que, como tudo, o consumo precisa ser moderado. “Eu não conheço ninguém que não gosta de carne de porco. Sei de pessoas que não comem por opção, mas é muito difícil alguém não gostar”, aponta. 

O jovem chef Anthony Soares comanda a cozinha do restaurante Xamam e valoriza o trabalho em conjunto: “O próximo cardápio reunirá receitas de toda a equipe”, garante
Porco da entrada à sobremesa 

No menu desenvolvido pelo chef Anthony Soares, os suínos brilham em receitas conhecidas e propostas inovadoras. A recomendação da casa é experimentar o Menu degustação (R$ 159), que conta com oito etapas e dá uma amostra do que os clientes podem encontrar em todo o cardápio. A sequência começa com uma seleção de charcutaria com pepperoni, rosbife e salame defumado. Em seguida: sushis de bochecha de porco, sendo um com caviar de laranja. 

O próximo passo é a Bomba, um sanduíche de massa choux recheado de costela de porco com molho barbecue, queijo parmesão e rúcula. Depois, o Hot dog Xamam, com salsicha artesanal de porco, molho te tomate, bacon e batata palha de baroa. A quinta etapa é um pouco mais leve e aparece para limpar o paladar com a Fresh salad, um buquê da colheita do dia com molho de mostarda. Os pratos principais são o Joelho de porco, acompanhado de texturas de batata baroa, e o Arroz de caça, que leva suã, tomate, queijo coalho e couve. O menu degustação é finalizado com a sobremesa feita de crumble de bacon, sorvete de tapioca e calda de goiaba. No fim, um bombom em formato de porco em uma caixinha colecionável com o mesmo tema. A ideia é que o menu acompanhe as estações do ano e mude a cada três meses. 

Outro toque especial do restaurante é a proposta artesanal. A charcutaria, localizada no subsolo, produz os insumos para a cozinha e também produtos para os clientes que quiserem levar para casa, como linguiças, salames e outros preparos. Na cozinha comandada por Anthony, todos os processos ficam à vista dos clientes.

Hoje, a cozinha funciona para almoço e jantar, mas também existem sanduíches disponíveis a todas as horas. Os três porquinhos (Prático, R$ 28; Cícero, R$ 28; e Heitor R$ 30) e o Lobo Mau (R$ 22) são os quatro sanduíches da casa. O Lobo faz alusão ao tradicional sanduba de mortadela do Mercado Municipal de São Paulo, mas leva sete especialidades de charcutaria artesanal da casa no pão francês.

5 imagens
Fresh salad do restaurante Xamam
Arroz de caça do restaurante Xamam
Joelho de porco do restaurante Xamam
Sobremesa de crumble com sorvete de tapioca e calda de goiaba do restaurante Xamam
1 de 5

No Xamam, a maioria dos pratos é feita com porco

@brunoeaguiar/Instagram/Reprodução
2 de 5

Fresh salad do restaurante Xamam

Bruno Aguiar/Imagem cedida ao Metrópoles
3 de 5

Arroz de caça do restaurante Xamam

Bruno Aguiar/Imagem cedida ao Metrópoles
4 de 5

Joelho de porco do restaurante Xamam

Bruno Aguiar/Imagem cedida ao Metrópoles
5 de 5

Sobremesa de crumble com sorvete de tapioca e calda de goiaba do restaurante Xamam

Bruno Aguiar/Imagem cedida ao Metrópoles

 

A hora e a vez dos defumados

O Bacon Brasa e Lenha abriu as portas do salão esta semana na Asa Sul para oferecer aos clientes uma experiência completa de preparos defumados, das entradas aos drinques. À frente do menu está o chef Bruno Barboza, natural de Goiânia e criado em Brasília, que é sócio da casa ao lado de João Sarto e Pedro Gaspar. 

Na casa, Barboza destaca receitas feitas com técnicas de defumação e brasa. A ideia é trazer preparos com sabores únicos, cheios de referências dos churrascos norte-americanos e técnicas da cozinha francesa, como o sous vide. Mas tudo com toques bem brasileiros. 

“Todo cardápio foi criado com base no poder da fumaça e do fogo, usando bastante brasa e lenha. Buscamos extrair sabores que normalmente não fazem parte da memória gustativa dos comensais. Isso torna o prato único e surpreendente, e livre de regras ou rótulos”, explica o chef. Ele ressalta também que é possível usar essa técnica nos mais diversos produtos, o que agrada até os paladares mais exigentes.

O chef Bruno Barboza comanda o Bacon Brasa e Lenha
Na comida e nas bebidas

O menu oferece opções para diferentes gostos. Na lista, destaque para as Croquetas de Jamon Serrano (R$ 29,90), que, como indica o cardápio, dispensa explicações. Outra boa aposta é a Costelinha suína defumada (R$ 39,90). O prato é assado lentamente por 12 horas e servido com barbecue de tamarindo. Quem não dispensa um sanduíche pode experimentar uma das cinco opções do menu. Uma delas é o Bao de panceta (R$ 29,90), com pãozinho assado no vapor, panceta grelhada, creme de pimentão defumado e castanha de baru, e salada de repolho da casa.

Para harmonizar com o cardápio inspirado na lenha e na brasa, a carta de drinques acompanha a técnica. A casa escolheu o mixologista Gustavo Guedes para desenvolver as bebidas autorais do espaço. “É uma mistura de tendências da coquetelaria com o paladar brasiliense. Temos drinques que harmonizam com as carnes, outros para amantes de clássicos, mas também coquetéis perfeitos para os dias quentes e secos de Brasília. A carta oferece muito sabor. Também temos uma categoria inteira de drinques que levam bacon, de releitura do Old Fashioned ao Bloody Mary”, conta o mixologista. 

4 imagens
Croquetas de jamon serrano do Bacon Brasa e Lenha
Bao de panceta do Bacon Brasa e Lenha
Bolinho de pastrami do Bacon Brasa e Lenha
1 de 4

Costelinha suína defumada do Bacon Brasa e Lenha

Foto: Divulgação
2 de 4

Croquetas de jamon serrano do Bacon Brasa e Lenha

Foto; Divulgação
3 de 4

Bao de panceta do Bacon Brasa e Lenha

Foto: Divulgação
4 de 4

Bolinho de pastrami do Bacon Brasa e Lenha

Foto; Divulgação
Desmistificando

A carne de porco é comumente apontada como transmissora de doenças. E isso é verdade, mas tudo depende da forma como ela é preparada. O nutrólogo Allan Ferreira, especialista em terapia nutricional do Hospital Anchieta de Brasília, ressalta que “os cuidados sanitários na criação, abate e fiscalização da produção de carne suína reduziram substancialmente este problema”.

Ele pontua ainda que a transmissão destas doenças pode ser facilmente evitada. “É preciso ser feita uma cocção adequada e não consumir essa proteína crua ou mal-cozida.”

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?