Veredito do chef: vale a pena comprar uma Air Fryer?
Depois de quatro meses brincando com esse eletrodoméstico que virou febre, cheguei a uma boa conclusão
atualizado
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Depois de muito pensar, resolvi ceder ao famoso eletrodoméstico Air Fryer. Aqui já expliquei como ela funciona e, em dezembro de 2020, adquiri uma.
Há alguns meses brincando com esse aparato, tenho meu veredito do que fazer ou não com ela, para que ela serve ou não.
Ela frita mesmo?
Decepcione-se, mas não. O que ela faz é assoprar ar superquente em cima dos alimentos, isso é bom porque faz com que o calor esteja sempre circulando pela cesta, mas não é suficiente para ter o mesmo efeito de uma fritura por imersão.
Entretanto, é um tipo de cocção diferenciado de um forno convencional. Eu diria que você pode considerar um meio termo entre um forno e uma fritadeira.
Os alimentos lá colocados precisam ser mexidos, pois a parte superior (exposta diretamente à resistência que solta calor e ao ventilador) acaba tostando mais, embora o calor, de forma geral, se distribua mais uniformemente.
Quais suas vantagens e desvantagens?
Bom, como eu disse, não é uma fritadeira, mas ela de fato possibilita que seus preparos fiquem mais crocantes e tostadinhos.
Infelizmente isso vem com um custo: desidratação. O que diferencia esse processo de cocção da fritura é que, na imersão, o calor vem ao mesmo tempo em que o meio oleoso retém os líquidos dos alimentos, embora obviamente se perca água em qualquer forma de cozinhar.
Já na AirFryer, a circulação de ar permite maior desidratação dos alimentos. Há mais chance de deixar seus legumes, proteínas e outros preparos mais secos. E isso não no bom sentido, como uma batata frita sequinha, mas sim como algo ressecado, assado em excesso.
É necessária uma curva de aprendizado para saber como tratar cada item, não dá para tomar como base nem forno nem fritura. O lado bom é que existem diversos sites e fóruns de internet que trocam experiências e receitas.
Só salgados?
Não mesmo, aproveite sua Airfryer para confeitaria. Justamente o fato do ar circular e o calor seja melhor distribuído, cookies, brownies, bolos e suflês possuem um resultado bem melhor que em um forno convencional.
Uma dica que dou é que usem as receitas tradicionais com 10ºC a menos. Se forem cookies ou biscoitos, forre o fundo da cesta com papel manteiga.
Eu deveria comprar?
Olha, não cumpre o prometido de fritar sem óleo, porém é um aparelho bastante útil, principalmente por famílias de até duas pessoas. É muito menor e mais útil que um forno convencional ou elétrico e um quebra galho muito bom para suas “quase frituras”.
Não me arrependo da compra e recomendo, mas com as ressalvas já feitas.