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Ter um chef em casa é um luxo mais acessível do que se pode imaginar

Fora do circuito de restaurantes e bares, profissionais saídos das faculdades de gastronomia popularizam a figura do personal chef

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Felipe Menezes/Metrópoles
Dairo Thomé e Liah Peequenno
1 de 1 Dairo Thomé e Liah Peequenno - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Numa época em que praticidade é palavra de ordem, ser servido na mesa de casa por um chef tem se tornado um luxo acessível a um número cada vez maior de pessoas. Isso desde que restaurantes e bares deixaram de ser destino obrigatório dos profissionais saídos das faculdades de gastronomia.

A preparação de almoços e jantares na casa do cliente não é novidade, mas a figura do personal chef nunca esteve tão em evidência quanto agora. E Brasília parece ter peculiaridades que favorecem ainda mais esse tipo de serviço.

“Aqui temos um público de alto poder aquisitivo, que mora em casas grandes, ideais para receber amigos”, avalia Fernando Gadelha. Mas não é preciso ter varanda e piscina para contratar um profissional desses.

“È possível trabalhar numa cozinha pequena de apartamento, sim. Até mesmo se o cliente tem uma área de serviço e for necessário, podemos montar uma cozinha lá”, afirma Liah Pequenno. Ela e Fernando são exemplos de chefs que entraram nesse mercado nos últimos três anos.

Giovanna Bembom/Metrópoles


Opção pela independência

Paulista radicado em Brasília há quatro anos, Fernando Gadelha (foto acima) se formou em gastronomia pelo Iesb. Voltou à capital paulista para ter experiências nas cozinhas do Maní (de Heloíza Rizzo) e do Mocotó (de Rodrigo Oliveira).

Quando retornou a Brasília, preferiu seguir o caminho independente. A mesma opção feita por Liah. Ela trabalhou por 10 anos como auxiliar de chef até se formar, também pelo Iesb, e decidir oferecer seus serviços em domicílio.

Liah atua em parceria com Dairo Thomé (os dois na foto abaixo), que acumula 34 anos de experiência na cozinha — trabalhou inclusive para a Presidência da República, no governo de Itamar Franco. Uma das especialidades de Dairo são as sobremesas, que incluem receitas próprias de pudins com frutas do cerrado.

Felipe Menezes/Metrópoles


Participação no “The Taste Brasil”

Trabalhando na cozinha em eventos, Raquel Amaral (foto abaixo) aperfeiçoou as habilidades que a fizeram conquistar uma vaga no “The Taste Brasil” — ela foi eliminada no programa da última quinta-feira (4/5). Chegou a trabalhar em um restaurante, mas hoje isso está fora dos planos dela.

“O trabalho em restaurante costuma ser engessado. Às vezes acontece de o dono não querer que você mude o cardápio”, explica. Como personal, ela exercita a liberdade. Não tem um menu fechado, ele é definido em conversas com cada cliente.

A maioria dos personal chefs cozinha para até 150 pessoas. Mas Raquel confessa que prefere um número de comensais reduzido, quando pode atuar sozinha. “Não gosto de ser administradora na cozinha”, diz. Ela vê nesse modelo a chance de se fazer algo mais personalizado, trabalhando melhor cada prato.

Divulgação

Vagas limitadas
Fernando Gadelha já fez até jantar romântico para um casal, mas acredita que é só uma questão de adequar o cardápio ao número de pessoas. “Se for para muita gente, você pode fazer, por exemplo, um jantar ou almoço temático com comida de boteco, porque fica mais difícil servir empratados”, exemplifica.

Mas há quem prefira já estabelecer um limite no número de pessoas ao aceitar um trabalho. É o caso de Franciara Andrade que oferece serviços para grupos de, no máximo, 15 pessoas. Afinal, sua atividade de personal chef é dividida com a função de professora no curso de gastronomia do Unieuro.

Franciara formou-se em 2008, na primeira turma de gastronomia do Centro-Oeste, na faculdade Cambury, em Goiânia. Em Brasília, fez pós-graduação em gestão de negócios em gastronomia, na UnB. Paralelo à vida acadêmica, explora um mercado que vem empolgando tanto profissionais quanto amantes da boa mesa.

Felipe Menezes/Metrópoles

SAIBA MAIS SOBRE PERSONAL CHEFS EM ATIVIDADE EM BRASILIA

Cedric e Alexandre (foto acima)
A dupla prepara menus franceses ao preço médio de R$ 170 por pessoa. São quatro etapas: aperitivo, entrada, prato principal e sobremesa. A especialidade dos dois são as receitas com pato, mas como o animal é comprado vivo de produtores locais, recomenda-se a quem deseja inclui-lo no cardápio marcar o jantar com antecedência. Contato. 61 98127-3570.

Fernando Gadelha
Fernando gosta de trabalhar com a cozinha regional brasileira — o baião de dois e o escondidinho de camarão, ele garante, são imbatíveis. Aponta como diferencial o fato de providenciar ele mesmo a compra de ingredientes, aluguel de louças e o que mais se fizer necessário. Cobra em média R$ 400 para 10 pessoas ou R$ 1.400 para 150 — só pelo serviço. “Tudo é negociável, paga-se o valor justo, mas não é algo inacessível”. Contato: 61 98350-9990.

Franciara Andrade
O serviço da chef é totalmente personalizável, da quantidade de pratos aos ingredientes. Franciara faz todo tipo de comida, mas é focada na releitura da gastronomia europeia com toque brasileiro. Faz sempre uma entrevista com o cliente para investigar as preferências de ingredientes ou casos de intolerância alimentar. O preço médio é de R$ 90 por pessoa. Contato: 61 98141-8372 e franciara.andrade@gmail.com

Raquel Amaral
Não tem um cardápio fechado. É a partir de uma conversa com o cliente que Raquel vai definindo. Gosta de usar ingredientes brasileiros. “Temos aqui uma variedade que o mundo não tem”. No molho béarnaise, por exemplo, pode usar tucupi no lugar do vinagre e coentro no lugar do estragão. Contato: 61 98450-8310.

Liah Pequenno
Em parceria com o chef Dairo Thomé, Liah faz desde jantares íntimos até festas para grupos maiores — “já fiz até casamento”, ela conta. Dependendo do menu, ela leva também a louça, já incluída no preço. Tem serviço com valores a partir de R$ 29,90 (caso da galinhada gourmet) e de minipratos, por R$ 39,90. Um detalhe são os pudins.

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