Sete vezes em que fomos enganados pela publicidade alimentícia
O mundo da publicidade enche nossos olhos e vende coisas incríveis que nem precisamos. Mas quando o assunto é comida, fica difícil resistir!
atualizado
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Você está ali, sentado no sofá vendo TV, quando de repente é atingido por aquela propaganda de comida que brilha e faz a gente salivar. É lógico que, na primeira oportunidade, compramos aquela delícia para matar a vontade. Mas e quando a comida não é tudo aquilo que dizem na propaganda? Separamos sete casos em que a publicidade alimentícia enganou a gente.
Biscoito Bauducco É Hora do Shrek
Em 2007, A Bauducco, lançou a campanha “é hora do Shrek”, em que o consumidor juntava cinco embalagens da linha Gulosos e, com mais R$ 5 reais, trocava por um relógio exclusivo do filme criado pela empresa.
Aqui, os problemas foram a venda casada e a publicidade direcionada para o público infantil. O caso chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a Bauducco pagou R$ 105 mil de multa pelo Procon.
Iogurte Activia
Todo mundo já ouviu falar que o Activia é um “ajudante” do intestino. O problema foi que, em 2008, a Danone começou a dizer em suas propagandas que a veicular propagandas que o iogurte era “uma forma de tratamento para o intestino irregular”.
Só que o Activia não é nenhum tratamento, ele apenas contribui para a flora intestinal, a propaganda era tão ilusória que poderiam induzir o consumidor ao erro e atrasar a ida a um médico, afinal era só “tomar um Activia”
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a propaganda, a considerando enganosa. Nos Estados Unidos, a empresa foi multada em US$21 milhões pelo mesmo motivo. Os órgãos de fiscalização alegaram que não havia nenhuma prova sobre o Activia ser realmente eficaz contra problemas intestinais.
Biscoito Nesfit Mel
Em 2020, especialistas do OPA (Observatório de Publicidade de Alimentos), identificaram que alguns produtos da linha Nesfit, da Nestlé, davam destaque para o ingrediente mel em suas embalagens, mas nenhuma delas continha, de verdade, mel em sua lista de ingredientes. Os órgãos responsáveis já encaminharam o caso a justiça e aguardam a decisão.
Suco Del Valle Fresh
As embalagens dos produtos Del Valle Fresh, mostram imagens de laranjas, uvas e limões em destaque, e a publicidade desse produto é totalmente associada ao consumo de um suco saudável, para quem busca sabor e refrescância de fruta.
Porém, esses produtos são classificados como ultraprocessados e nutricionalmente desfavoráveis, segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, afinal, em sua composição não há quase nenhuma fruta (não chegam a 1,5% da composição), e ainda contém vários aromatizantes, junto com outros aditivos.
Cerveja sem álcool, com álcool
A Kaiser lançou a cerveja Bavaria Sem Álcool. A expressão “Sem álcool” constava em destaque em seu rótulo e em suas propagandas, porém, na lateral do rótulo, em letras miúdas, constava a informação de teor alcoólico (< 0,5%vol).
Uma batalha na justiça foi iniciada em 2006, e após 10 anos de vai e vem, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o fato de existir decreto regulamentar que classifica como “sem álcool” a cerveja com teor alcoólico de até 0,5% não autoriza que a empresa desrespeite um dos direitos mais básicos do consumidor: a informação clara, ostensiva e adequada.
Casos mais recentes
Esses são alguns casos que foram denunciados pelo OPA (Observatório de Publicidade de Alimentos), sem contar os mais recentes, das redes de fast food Mc Donalds e Burguer King, que foram indiciados por propaganda enganosa sobre a composição dos seus sanduíches Mc Picanha e Whooper Costela, que não continham em sua composição nem picanha e nem costela, respectivamente.
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