Restaurante Leo abre as portas na Vila Planalto, no lugar do Jambu
O chef Leandro Nunes reformula toda a casa, apostando agora em menu de pratos para compartilhar e em mais descontração
atualizado
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Na próxima quinta-feira (8/6) será inaugurado oficialmente o mais novo restaurante da Vila Planalto. O Leo ocupa o lugar onde antes funcionava o Jambu. O chef também é o mesmo, Leandro Nunes.
Leo é como os amigos de Leandro o chamam. A escolha do nome para batizar a casa diz muito da nova proposta do chef. O Jambu foi extinto porque o dono queria criar um projeto que fosse a sua cara. Mais que isso, a sua casa.
Agora, a personalidade de Leandro Nunes está presente desde o ambiente. O espaço ganhou mais descontração, com cadeiras coloridas e um grande grafite na parede, criado pelo artista Mikael Guedes, o Omik.
Há quem diga que as pessoas querem ir a um restaurante para se sentirem em casa. Não acho. Se fosse assim, melhor seria ficar em casa e pedir uma pizza. Aqui, quero que elas se sintam em minha casa
Leandro Nunes, chef
Sabores compartilhados
Até a música ambiente vai refletir o gosto pessoal do anfitrião. Mas é no cardápio que o Leo deixa mais claro a que veio. O chef optou por criar um menu enxuto, que muda a cada mês. São 12 pratos e três sobremesas, todos para serem compartilhados.
Ele explica o motivo: “É muito comum as pessoas provarem do prato umas das outras. Ou então, no restaurante, alguém olhar o pedido da mesa ao lado e querer a mesma coisa. Então, por que não criar uma maneira de todos poderem provar um pouco de tudo?”
A carta de bebidas, com três rótulos de cervejas especiais e 12 de vinhos, também é mutável periodicamente. Por enquanto, três dos vinhos estarão disponíveis em taças. A ideia, porém, é que em breve os 12 possam ser servidos assim, dando aos clientes a chance de mudar a bebida de acordo com os pedidos do menu.
Pelo tamanho das porções, três a quatro pessoas poderão provar todo o cardápio numa única refeição. Começando com a focaccia da casa com manteiga de ervas (R$ 9) e terminando com uma das três sobremesas (R$ 26 cada uma) — entre elas, cupuaçu (creme de cupuaçu, sagu no café e formiga maniwara).
Aliás, afora as formigas da sobremesa, as esferas de mostarda servidas com o tartare de kobe e a pimenta macaco e o nirá do pato de sol (peito de pato curado, purê de macaxeira com manteiga de garrafa, nirá e farofa de pimenta de macaco), o cardápio dispensa ingredientes exóticos.
“Quando recebo em minha casa, não preparo nada com aspargos vindos não sei de onde”, o chef justifica. Enfim, despojamento e descontração são as palavras que vão nortear o Leo. “Minha vontade foi criar o lugar aonde eu gostaria de ir depois de um dia de trabalho”, resume Leandro Nunes.