Para além da aromaterapia: aprenda a usar óleos essenciais na comida
O empresário Giulianno Passani, à frente do Mint Essential Café, ensina a utilizar os produtos versáteis em receitas doces e salgadas
atualizado
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De origem natural e mais comumente utilizado no auxilio de questões emocionais, os óleos essenciais são famosos por suas propriedades terapêuticas. Eles são extraídos de plantas e representam a forma mais pura das espécies vegetais.
Muito usados na indústria de cosméticos e na aromaterapia (são ótimos para tratar estresse e ansiedade, por exemplo), eles são ainda mais versáteis. Além de evocarem o bem-estar, esses óleos podem ser incluídos na culinária, desde que sejam adequados ao consumo.
De acordo com Giulianno Passani, empresário responsável pelo Mint Essential Café (que utiliza os óleos nas receitas servidas na casa), esses produtos são “usados na história da humanidade há muito tempo, de diferentes formas, inclusive na alimentação”.
Estudioso do assunto, ele começou a utilizar os óleos aos poucos na cozinha de casa. “Fomos testando, fazendo substituições e começamos a ver o que dava certo ou não”, diz, entrevista ao Metrópoles. Mas antes de sair pingando o produto na comida, é preciso saber a maneira correta de utilizá-lo, além de sua procedência.
“A primeira preocupação ao comprar os óleos essenciais, independente do uso, é em relação à sua pureza. O produto tem que ser 100% puro, não pode ser combinado ou misturado com nenhum outro componente”, alerta o profissional.
Na dúvida, verifique no rótulo se há o nome científico da planta e seu local de origem. Outra dica é procurar mais informações sobre o fabricante. Essa atenção é muito importante, pois nem todos os óleos são indicados para o consumo. “Existem espécies muito concentradas usadas na aromaterapia que o organismo não pode absorver”, adverte Passani.
Como o produto é a versão mais concentrada de frutas, ervas e flores, o uso é pequeno: apenas uma gota é o suficiente para saborizar e aromatizar pratos salgados, doces e até bebidas, como sucos ou drinques alcoólicos. Se exagerar na dose, você comprometerá o resultado final da receita.
Como eles são muito voláteis, evaporam bem rápido. Por isso, a melhor maneira de acrescentá-los na comida é diluindo-os antes em óleos vegetais, como azeite, óleo de linhaça ou óleo de coco. “Eles são ‘veículos’ para os óleos essenciais. O azeite, por exemplo, é como se fosse um trem que possui portas para o sabor entrar”, explica Giulianno. “Isso é para conseguir incorporá-los de maneira mais homogênea. Se você colocá-lo em um ingrediente solidificado, não irá agregar gosto de maneira uniforme”, acrescenta.
Além disso, é importante que a temperatura do óleo essencial não exceda seu ponto de fervura. Caso contrário, soltará fumaça. Por isso, não deixe o óleo vegetal queimar (se já estiver na panela e misturado com o essencial); ou adicione a gota ao óleo vegetal assim que ele for retirado da fonte de calor – no caso de pratos que precisam de refrigeração, como sorvetes ou smoothies, também é melhor pingar apenas antes de servir e mexer bem.
Mas quais escolher? Existe uma variedade enorme de sabores. Orégano, lavanda, pimenta, gengibre, cardamomo e canela são alguns. Para quem está começando a usar o produto, a dica é buscar pelos mais leves.
