Novidade na Vila Planalto, Casa de Vó propõe gastronomia afetiva
Capitaneado por Raquel Pacheco, o restaurante foi fundado em homenagem à avó, Maria Cândida Pacheco
atualizado
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A Vila Planalto ganhou um novo cantinho para chamar de seu. Aconchegante, o espaço tem cheiro e gosto de nostalgia. Na entrada, uma praça digna de cidade pequena, com mesas e cadeiras de madeira, que chamam a atenção de quem passa pela pequena ruela do bairro tradicional de Brasília.
Uma placa indica que o cliente chegou: Casa de Vó. Feitas em madeira branca, as letras são forjadas de ferro retorcido, lembrando aquele típico portão cheio de curvas. Logo ao pisar o pé no local, a primeira impressão não poderia ser melhor. Um cheiro delicioso de comida caseira toma conta do ar.
Por dentro, uma verdadeira casa. Porta-retratos de família, piso português, móveis antigos com marcas de uso e louças de chá com detalhes em rosa e dourado. Realmente lembra uma casa de vó. Mais especificamente, a casa de dona Maria Cândida Pacheco, avó da sócia-proprietária Raquel Pacheco e razão inicial da abertura da casa.
“Queria abrir um lugar que fosse diferente, que tivesse aquele aconchego de passar as férias na casa da avó e uma comidinha cheirosa na mesa”, conta a cozinheira e empresária. Aberto há pouco mais de uma semana, o local é convidativo e traz todo o afeto e cuidado que lembra a casa de muitas avós.
“Quero que as pessoas venham aqui e se lembrem das próprias avós, ou tias, madrinhas… Alguém que dá amor, carinho, e faz aquela comidinha que dispensa comentários”.
Ainda em regime de soft open, o spot possui itens de decoração da própria dona Maria Cândida. “Ela morreu há 20 anos. Fui garimpar com a família para ver quem tinha o que e acabei achando móveis, louças e até um cuco que minha irmã quebrou quando era pequena”, lembra Raquel, que mostra com orgulho o espaço decorado.
No menu, não poderiam faltar receitas da avó. “Tem pratos que ela fez a vida inteira, e até o meu preferido, que ela fazia só para mim no dia do meu aniversário”, entrega. Enxuto, o cardápio é formado por poucos pratos, com receitas simples e servidas em travessas que lembram as vasilhas antigas. “Nada de pompa por aqui”.
Para começar, a dica é o bolinho de arroz com cebolinha e parmesão (R$ 20). Outra opção é a porção de pão de queijo com lagarto acebolado (R$ 22). “Na minha infância, minha avó pegava a carne que tinha sobrado do almoço, fazia a massa de pão de queijo, assava e servia. Não me lembro de comer algo mais gostoso que isso depois de brincar na rua o dia inteiro”, recorda.
Os pratos principais têm nas opções individuais e para compartilhar. O gostinho de infância vem com o talharim com carne desfiada e molho branco gratinado (R$ 32) e o lombo de porco assado, servido com arroz, batata corada e banana gratinada com queijo, presunto e molho (R$ 79).
Quem também não ficou de fora foi o famoso salpicão de frango (R$ 28). “Não tem quem não goste, e o dela é o mais gostoso”. A receita, apesar de natalina, não tem data para sair do menu.
Dentre as sobremesas, a aposta é na ambrosia da Dona Maria (R$ 13). A mais pedida, contudo, é o pudim de leite condensado (R$ 13). Para acompanhar, que tal um café? A casa serve um coado (R$ 16) na garrafa, com biscoitinhos amanteigados de canela e raspas de limão. “Exatamente como era servido o café pós-almoço”, diz a cozinheira.
O gastrospot também vende licores artesanais. “A receita de um deles também é da minha avó, e fazia muito sucesso na família”. As opções são de jabuticaba (R$ 14), feita com cachaça de alambique, e de laranja (R$ 14), feita com vodca.
Casa de Vó – Comida e Afeto
Acampamento, Vila Planalto, lote 02, Brasília. Telefone: (61) 3306-1555. De segunda à sábado, das 12h às 15h