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No Dia Nacional da Baiana, veja 6 opções de acarajé para provar no DF

Entenda um pouco mais sobre a história do quitute e, de quebra, veja onde comer em Brasília

atualizado

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na foto, três acarajés em uma tábula de madeira com molho vermelho em um potinho
1 de 1 na foto, três acarajés em uma tábula de madeira com molho vermelho em um potinho - Foto: Reprodução

Vindo da África com as pessoas escravizadas e preparado pelas Baianas do Acarajé, o “bolinho de fogo” se incorporou à culinária brasileira. Originado na África Ocidental, o quitute cruzou o Atlântico em navios negreiros entre o século 15 e 19.

Junto com eles, vieram os hábitos culturais. “O acarajé é uma comida de santo e de rua. É muito mais do que uma receita, mas sim um preparo relacionado ao candomblé, normalmente utilizado para fins religiosos. O ato de comer é a ligação de seres humanos com os orixás”, explica Rafael Cararata, antropólogo baiano que estuda a dinâmica da comida de raízes africanas no Brasil.

Segundo ele, dentro da religião, o acarajé é uma oferenda aos orixás (mais especificamente Iansã ou Oyá) e é considerado uma comida votiva. “É um tipo de culinária ritual. O alimento é preparado para ser consumido com preceito religioso ou como oferenda”, complementa o profissional.

Na foto, um bolinho de acarajé
Acarajé da Ro

Com a popularização da receita, o acarajé saiu do terreiro e começou a circular pelas ruas. “Com as baianas vendendo o quitute, veio a ‘hamburguerização’. O bolinho que antes era só feito de feijão fradinho triturado, batido e frito, agora é cortado ao meio e recheado com caruru, vatapá, salada baiana e camarão seco”, afirma Rafael.

Esse fenômeno resultou na popularização da receita, que hoje nem sempre é feita por uma mulher, preta e baiana. “Para valorizar o papel de quem faz como tradição, o ‘tabuleiro da baiana’ hoje é patrimônio cultural”, celebra o antropólogo.

O chamado “Oficio da Baiana do Acarajé” foi reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) no dia 1º de dezembro de 2004 como Patrimônio Nacional, exaltando a importância das chamadas “comidas de baiana”. Em 2005, o próprio acarajé foi reconhecido como Patrimônio Cultural de Salvador pela Câmara Municipal.

Natural de Salvador, a baiana Rita de Castro faz acarajé há 45 anos, tanto para comercializar, tanto com cunho religioso. “Eu sou do Candomblé, filha de Oyá. Aprendi a fazer o acarajé com minha mãe, que aprendeu com minha vó, e assim por diante. Eu aprendi a fazer o acarajé como uma herança, então vem de uma tradição muito forte, tanto da religião, quanto da minha casa”, contou.

Na foto, uma baiana segura o acarajé enquanto recheia o bolinho
Rita recheando um acarajé

Segundo ela, que faz o quitute como uma oferenda a Iansã, a receita que é normalmente vendida hoje em dia é muito diferente da tradicional. “Quem pega a receita na Internet e vende por aí não oferece o acarajé verdadeiro. Antigamente só vendia quem era filha de Oyá, mas hoje em dia qualquer um faz. Não há problema em fazer, mas a oferenda só pode ser feita por pessoas específicas”, explica.

Rita comenta sobre o ritual de oferenda: “É um rito muito grande! Como é um alimento sagrado, ele é feito e oferecido a deusa africana que controla os ventos, as tempestades, os relâmpagos. Para ela, fazemos sete bolos, seis pequenos e um grande, além de sete camarões feitos na folha da bananeira”, finaliza. Ela vende os acarajés a partir de R$ 17 na 111 Sul, de segunda a sexta, das 14h às 22h.

Nesta quinta-feira (25/11) é celebrado o Dia Nacional da Baiana de Acarajé e o Metrópoles reuniu mais 5 boas opções para experimentar em Brasília. Confira:

Acarajé da Ro

O Acarajé da Ro oferece diversas opções para os comensais. Dentre elas, a barca de acarajé, com 15 minis bolinhos, vatapá, caruru, salada, camarão e pimenta. A opção grande sai a R$ 66,90 e a pequena a R$ 36,90. Outra boa pedida é a bandeja com 10 minis acarajés, vatapá, caruru, salada, camarão e pimenta (R$ R$ 67,90). Quem preferir a versão individual paga R$ 19,90.

Na imagem, uma barca de acarajé do Acarajé da Ro
Barca de acarajé do Acarajé da Ro
Acarajé da Rosa

No Acarajé da Rosa, muito conhecido em Brasília, o acarajé tradicional custa R$ 15. Além disso, o cliente pode pedir a versão no prato nos tamanhos pequeno (R$ 16), médio (R$ 18) e grande (R$ 28). Quem preferir a versão mini paga R$ 28 por uma porção com seis unidades. Lá também é possível comer o acarajé vegano, que não é servido com camarão (R$ 16).

Acarajé do Meio

Localizado na Torre de TV, o Acarajé do Meio também é uma das boas opções na capital. Por lá, o tradicional custa (R$ 13) e leva o bolinho, salada, camarão, caruru e vatapá. Também há como pedir ele no prato, nos tamanhos pequeno (R$ 15), médio (R$ 17) e grande (R$ 35).

6 imagens
Rita do Acarajé
Opção do Acarajé da Rosa
Bandeja de acarajé da Ro
Acarajé do Manzuá
Opção do Santo Acarajé
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Acarajé da Rosa

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Rita do Acarajé

Acervo pessoal/ Divulgação
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Opção do Acarajé da Rosa

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Bandeja de acarajé da Ro

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Acarajé do Manzuá

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Opção do Santo Acarajé

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Manzuá

Restaurantes também aderiram ao prato. É o caso do Manzuá, localizado no Pontão do Lago Sul. Por lá, o cliente pode pedir como entrada o acarajé por R$ 45. O prato pode ser de quatro mini acarajés ou dois acarajés grandes.

Santo Acarajé

No food truck Santo Acarajé há três opções: o servido no papel custa R$ 22 e vai com bolinho grande, vatapá, caruru, salada e camarões. A opção vegana sai a R$ 20. Quem preferir o acarajé no prato paga R$ 25 (a opção vegana custa R$ 22) e é servida com um bolinho grande, vatapá, caruru, salada e camarões. Outra forma de pedir por lá é a porção (R$ 45), que vem com oito bolinhos, vatapá, caruru, salada e camarões. A versão sem os camarões sai a R$ 40.

Na foto, um acarajé no prato do Santo Acarajé
Acarajé no prato do Santo Acarajé

Acarajé da Rita

111 Sul. De segunda a sexta, das 14h às 22h. Pedidos pelo número (61) 99115-7218.

Acarajé da Ro

Colônia Agrícola Samambaia. De quarta a domingo, das 17 às 22h.

Quadra 103 – Águas Claras. Domingo, das 17h às 21h30. 

Acarajé da Rosa

Feira da Torre De TV. Diariamente, das 12h às 18h. Pedidos pelo iFood. 

Acarajé do Meio

Feira da Torre De TV. Sexta, sábado e domingo, das 11h às 17h. 

Manzuá 

Pontão do Lago Sul. Telefone: (61) 3364-6090/ 3364-6091. De segunda a quinta, das 12h às 00h. Sexta e sábado, das 12h às 1h. Domingos e feriados, das 12h às 23h.

Santo Acarajé 

Segundas da 706/906 Norte, em frente ao Colégio Sagrada Família. Terças no Sudoeste (CCSW 05, loja 64, Edifício Ômega Center, próximo ao Pão de Açúcar, do lado dos correios) e Noroeste (entrada principal do Noroeste, em frente ao lado da Caesb). Quarta na Qi 26 do Lago Sul. Quinta na 206/207 Sul. Sexta no Comércio Solar de Brasília (Jardim Botânico) e no Sudoeste (CCSW 05, loja 64, Edifício Ômega Center, próximo ao Pão de Açúcar, do lado dos Correios). De segunda a sexta-feira, a partir das 17h30h. 

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