Henrique Fogaça confere montagem da franquia do Cão Véio em Brasília
Acompanhado dos sócios Fernando Badauí e Marcos Kichimoto, o chef cuida para que a casa brasiliense fique igualzinha à original
atualizado
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Nesta terça-feira (30/5), o chef Henrique Fogaça e o músico Fernando Badauí (vocalista da banda CPM 22) passaram por Brasília para saber como anda a montagem da primeira franquia do Cão Véio — bar que os dois mantêm em São Paulo, em sociedade com o ex-promoter Marcos Kichimoto.
Em Brasília, o bar será aberto até o fim de julho, na 404 Sul, coladinho ao El Paso (onde funcionou o Medida Provisória). É a primeira franquia da marca e por isso o zelo dos donos é dobrado. Eles querem que a casa brasiliense fique igualzinha à original.
Gastronomia e rock
No conceito, a Cão Véio une a gastronomia ao gosto comum dos três sócios pelo rock. O estilo é de bar alternativo, mais despojado do que o dos outros restaurantes do chef e jurado do MasterChef Brasil — Sal Gastronomia, Admiral’s Place e Jamile, todos em São Paulo.
O ambiente tem pegada hardcore, com figuras de cachorro na decoração, cervejas artesanais, sanduíches e petiscos que levam nome de raças — como o Fila Brasileiro (filé-mignon empanado na farinha Panko, recheado com queijo gruyére e gorgonzola).
A gente se conhece há algum tempo. Cinco anos atrás, estávamos Kichi, Badauí e eu falando de bar e tal. Eles já tinham esse interesse, a gente formou e conseguiu montar o Cão Véio
Henrique Fogaça
Igualzinho ao original
Quem está trazendo o Cão Véio para cá são os empresários Guilherme Lavoratti, Leonardo Marinho, Pedro Vinicius Freire e Rodolfo Carvalho. Guilherme já tem experiência no ramo da gastronomia. Ele foi dono do Don Ruffoni, que funcionou na 204 Norte.
“Até o papel de parede do banheiro é igual ao do bar em São Paulo”, ele mostra. Sobre as mesas, no ambiente ainda em montagem, espalham-se objetos que vão decorar as paredes, imagens divertidas de cachorros e outras bugigangas, todas trazidas da capital paulista.
Kichi e eu sempre frequentamos a noite de São Paulo; quando viajo gosto de conhecer bares, esse lance de cervejas artesanais, hambúrguer, o som que tá rolando, o ambiente… Aí pensamos em ter o nosso. Faltava essa peça, alguém que fosse do ramo, como o Fogaça
Questão de identificação
Acompanhados de Kichimoto, mais Marcel Akira, administrador do Cão Véio original, Fogaça e Badauí vistoriaram não só a montagem do bar, como deram uma volta pela quadra para sentir o clima. Gostaram do que viram.
A abertura de uma primeira franquia em Brasília não tem a ver com estratégia, foi acaso. “Quando anunciamos a franquia, o negócio era o perfil dos interessados, não tinha o lance escolher um lugar, poderia ser em qualquer lugar do Brasil. Não é só chegar com o dinheiro”, garante Badauí.
“Tem que ter perfil, entendimento, gostar das mesmas coisas, seguir à risca, gostar do tipo de música que a gente ouve lá, a mesma ideia de cardápio, de atendimento, as cores do lugar”, reforça Fogaça.
Consequência do sucesso
Aliás, o projeto de franquias nem nasceu junto com o Cão Véio. Henrique Fogaça diz que a ideia inicial era fazer o bar se estabelecer. “Depois de um ano e meio, sentamos, decidimos fazer um estudo e levamos uns oito meses até concretizar o plano.”
Brasília é a “estreia” da marca fora de São Paulo, mas o plano do trio de sócios é abrir até três unidades por ano nos três primeiros anos. Quem quiser ter um Cão Véio terá que desembolsar R$ 80 mil, mais R$ 790 mil de custos iniciais.
Na fase inicial, quando estávamos perto de inaugurar, pensei ‘meu, é muito investimento, no que é que tô me metendo’. Hoje não vendo minha parte por nada. Tenho o maior amor pelo bar. Foi uma das melhores coisas que fiz na minha vida
Fernando Badauí