Duna: confeitaria húngara traz o doce e o tempero do país europeu
Entre tortas, pratos e salgados, conheça histórias e costumes conheça as histórias da chef Gabriela Korossy
atualizado
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Em uma pequena loja de esquina da 214 Norte cabe muita história. A Duna – Casa Húngara, como diz o nome, explora a culinária do país europeu. “É um local de amigos”, define a chef e sócia Gabriela Korossy.
Não é difícil perceber o porquê da escolha de palavras. Durante conversa com o Metrópoles, vários clientes cumprimentavam a cozinheira e seu marido, Laycer Tomaz, como se fossem velhos conhecidos. Na vitrine, vários quitutes, doces e salgados, todos de origem Húngara.
Recomendamos ir com tempo, pois mesmo o serviço sendo rápido e atencioso, vale a pena o prazer de ouvir os proprietários explicarem os produtos da casa. Cada um possui uma história ou lenda sobre sua origem.
As delícias lá servidas são feitas por Gabriela ou supervisionadas de perto pela chef. Nada sobe para a vitrine sem seu aval. O cuidado é grande: o mil folhas, por exemplo, não pode ser exposto por mais de 3 horas. “Prefiro montar na hora, para manter a crocância da massa”, explica. E faz questão de produzir o que for possível, das geleias ao licor de chocolate.
A vontade de ter a confeitaria vinha de um desejo do pai da proprietária. Não sabe se brincando ou não, ele costumava dizer que “abriria um café para mostrar o quão doce os húngaros podem ser”. A ideia amadureceu com uma viagem que o casal fez à Hungria. Na Europa, Laycer notou a existência de diversas docerias. Ao retornar a Brasília, surpreendeu a esposa alugando a loja.
Na loja, percebe-se um diferencial da confeitaria húngara, a atenção com as camadas regulares e a geometria das tortas — não há ornamentos ou cremes de chantilly, a beleza do produto é fruto da montagem e da proporção precisa entre o tamanho de massa e recheios.
Dentre as delícias, destacam-se a tradicional Dobos (massa, creme de chocolate meio amargo, café e rum, coberta com caramelos), R$ 14 a fatia; Rigó Jancsi (massa de chocolate com mousse de chocolate meio amargo ao rum), R$ 14 a fatia; e a Körtés (tartelete de pera com crème brulée, criação de Gabriela), R$ 12 a unidade.
Entre os salgados, vários folhados, inclusive o croissant (R$ 5), cuja origem também é clamada pelos húngaros; os Sajtos Rudák (tradicionais palitinhos de queijo nos sabores parmesão, kûmmel e anchovas), R$ 6 a porção com 8; e os Sajtos Pogácsa (pães de queijo húngaro, que leva farinha de trigo ao invés de polvilho), R$ 2 a unidade.
Nos pratos quentes da casa, que saem em qualquer horário, o Pörkölt (R$ 38), mais conhecido como goulash, agrada. Há também o Kacsa (R$ 48), um picadinho de peito de pato, molho de framboesa acompanhado de batatas salteadas.
Na parte das bebidas, uma seleção de cervejas especiais, até mesmo com exemplar tcheco, cafés, rótulos de vinhos brancos, tintos e os famosos botritizados húngaros, vinhos de sobremesa considerados um dos melhores do mundo.
Vá, aproveite sua refeição e a história dela.
Duna – Casa Húngara
214 Norte, bloco C, loja 59. (61) 3576-0102. Terça e quarta de 9h às 21h e de quinta a domingo, das 9h às 22h. Não abre segunda