Doceira de Brasília inova e faz pé de moleque achocolatado
Quituteira do Guará complementa renda há 40 anos com a receita inusitada
atualizado
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A quituteira Marcia Palmeiras está há mais tempo comprometida com o pé de moleque que com o marido: o casamento com o doce dura quatro décadas, uma a menos em comparação ao enlace matrimonial. “Por onde passo, o pé de moleque me acompanha. Aprendi em Angra dos Reis (RJ), com minha irmã, e trouxe para Brasília comigo, há 20 anos”, comenta a aposentada.
A receita não é nem um pouco convencional: Marcia adiciona achocolatado ao preparo, resultando num pé de moleque menos açucarado e, ainda assim, bastante doce. O sabor diferentão é o mesmo que aprendeu com a irmã nos anos 1980. “Tradicionalmente se faz com rapadura, mas quem conhece o meu não quer saber de outro. Outro dia levei para uma pessoa que não gosta de doce, e ela adorou”, brinca.
O complemento de renda vira frisson, é claro, em tempos de festas juninas. Se nos outros períodos ela produz de 12 a 20 receitas por mês, de maio a julho a produção vai de 20 a 30 receitas a cada quatro semanas. “Eu faço tudo por encomenda. Nesse período, a demanda aumenta muito, tem festa demais”, comenta a doceira, que cobra R$ 60 no quilo do pé de moleque.
Para quem prefere uma doçura menos acentuada, Marcia usa cacau em pó em vez do achocolatado: a sugestão foi de uma cliente que gostou do produto dela, mas quis algo com menos açúcar. “Eu não gostei muito, a maioria das pessoas prefere a receita como está. Mas faço por encomenda, claro”, garante.
A produção de Marcia é artesanal e completamente caseira: ela faz tudo em sua cozinha, no Guará I. As encomendas podem ser feitas pelo celular: (61) 98132-5272.