Descubra onde encontrar bons queijos artesanais para sua ceia de Natal
Brasília conta com excelentes produtores locais e lojas especializadas na delícia: aqui tem produtos de todo o país
atualizado
Compartilhar notícia
Não só de sólidas tradições se faz uma ceia de Natal: inovar no menu e movimentar o comércio local podem ser maneiras de celebrar a noite. Em Brasília, não faltam opções de bons queijos brasileiros e artesanais. Alguns deles, como é o caso da produção da Cabríssima, são manufaturados por aqui mesmo: a fazenda de caprinos fica a 17 quilômetros da região central de Brasília.
A história de Giovana Navarro e Aurelino Sampaio se mistura ao amor por animais: desde namorados, o casal sonhava em ter uma fazenda e criar cabras. Casados em 1977, ainda levaram 16 anos para abrir seu primeiro negócio voltado a este tipo de produção, o Capril Chalé Serrano. Em 2003, no entanto, o dia a dia obrigou o casal a encerrar as atividades. “Nosso trabalho ficou incompatível com a fabricação de queijos. Decidimos retomar quando nos aposentamos”, lembra Giovana.
Em 2017, os dois conseguiram reviver o sonho com a criação da Cabríssima. Com cerca de 30 animais na fazenda, eles comercializam queijos, ambrosia e pães de queijo feitos a partir do leite de cabra.
São quatro tipos de queijo disponíveis: o frescal, feito sob encomenda, custa R$ 80 o quilo; o alpino, manufaturado de acordo com a tradição holandesa, sai a R$ 88 o quilo; o candango, cuja receita foi elaborada pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/DF), custa R$ 80 o quilo; e o boursin, tradicional receita da Normandia, na França, também sai a R$ 80 o quilo.
Tábua personalizada
No Teta Cheese Bar, a proposta não é só levar os queijos disponíveis na prateleira do estabelecimento. Para este fim de ano, o cliente pode personalizar uma tábua com as delícias da loja. A caixinha Teta é construída a partir de uma conversa com os donos do bar: vai depender do tamanho da festa e de quanta comida, além dos queijos, será servida.
“Estamos conhecendo os queijos brasileiros. Passar numa loja de queijo, levar para casa e comer é um hábito que ainda não temos. Este foi um jeito de incentivar essa mudança na rotina. Do mesmo jeito que a cultura da cerveja artesanal foi construída aos poucos, acho que a do queijo é por aí. A tábua é meio caminho andado”, comenta a coproprietária do Teta e cheese sommelière Marina Cavechia.
A composição vai de acordo com o gosto do cliente, é claro, mas o esforço é sempre para que as pessoas descubram outros sabores e texturas. Marina conta que costuma variar entre queijos tradicionais e inovadores, firmes e moles, com diferentes tipos de fungo. “O melhor jeito de entender o produto é provando, e nesse processo a gente vai explicando por que é assim ou assado, contamos a história do produtor”, descreve.
Vendedora à força
A cultura de prova também se faz presente na Tarsitano Sabor de Origem, estabelecimento na Asa Norte cuja proposta não é somente a venda de queijos: ali, o cliente tem uma experiência. “Eu faço as coisas aqui como faria na cozinha da minha casa: sento à mesa com você e converso sobre os produtos. Em seguida, a gente passeia pelas prateleiras”, descreve Rosanna Tarsitano, dona do empreendimento.
A história da jornalista com queijos é das mais inusitadas: certa feita, visitou uma amiga mineira, decidida a trabalhar com o produto. Ignorando os protestos de Rosanna, ela comprou uma geladeira para armazenar os lácteos e mandou entregar na casa dela, em Brasília.
“Ela já tinha medido o espaço no meu apartamento. Aquilo foi me dando um trem que não sei explicar, mexeu com minha alma. Fui vendendo e pensei uai, tem mais coisa para vender, tem queijo artesanal. Daí comecei meu trabalho de fuçadeira”, brinca Rosanna. De 2016 para cá, ela conheceu produtores do Oiapoque ao Chuí, detém o título de Guardiã da Serrra da Canastra e não consegue escolher um queijo favorito.
Queijo potiguar
Do Rio Grande do Norte, saem muçarelas de búfala que abastecem não só as principais padarias de Brasília, mas também restaurantes como Universal e Trattoria da Rosario. Os queijos da DiBufalo têm sua origem na fazenda Tapuio, em Taipu, município a 60 quilômetros da capital do estado, Natal.
No Distrito Federal, é possível encontrar a iguaria em formato de queijo muçarela, ricota, frescal e burrata. Uma pedida é provar no café da manhã de padarias como Bella Focaccia, Varanda e Belini. Os mais decididos encontram os queijos nas redes Pão de Açúcar, Big Box e Dia a Dia.
Cabríssima
Núcleo Rural Lago Oeste. Produtos disponíveis no Empório Iracema (116 Norte), Malunga (Águas Claras), Mercearia Colaborativa (412 Norte), Ponto do Queijo (313 Norte). Visitas à fazenda podem ser agendadas pelo telefone (61) 98165-8401
Tarsitano Sabor de Origem
412 Norte. Segunda a sexta, das 14h às 19h30. Queijos de R$ 89 a R$ 189 o quilo. Telefone: (61) 99983-4660
Teta Cheese Bar
103 Sul. Terça, das 11h às 19h. Quarta a sábado, das 11h à 1h30. Queijos de R$ 120 a R$ 400 o quilo. Telefone: (61) 3554-6970