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Delivery, take-out, drive-thru: como restaurantes operam na crise

As empresas do ramo de comida e bebida estão tendo que se reinventar para manter o funcionamento

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Michael Browning/Unsplash
Cozinha de restaurante
1 de 1 Cozinha de restaurante - Foto: Michael Browning/Unsplash

O fechamento do comércio do Distrito Federal via decreto emitido pelo governo na última quinta-feira (19/03) fez com que o setor de bares e restaurantes se reinventasse diante da pandemia do coronavírus. Algumas casas optaram por encerrar as atividades por tempo indeterminado, como foi o caso das empresas da chef Mara Alcamim. Outras, no entanto, seguem funcionando com as opções de delivery, take-out e drive-thru.

“Nós trabalhávamos com o formato de o cliente vir buscar no balcão antes da crise. O que mudou é que ele nem sai do carro, temos sempre dois colaboradores do lado de fora do restaurante para fazer a entrega”, descreve a chef Lídia Nasser, dona dos complexos gastronômicos do Sudoeste e de Águas Claras. Com equipe trabalhando em horários reduzidos, a ideia é limitar o contato entre pessoas ao mínimo possível. O drive-thru improvisado funciona pelo iFood ou pelo telefone: o cliente liga para o estabelecimento, faz o pedido, informa a placa do carro para o atendente e busca no horário combinado.

Inaugurado em agosto de 2019, o Ricco Babilônia sempre funcionou, como diz o slogan da casa, no sistema “Pega e Vaza” – nunca antes uma brincadeira fez tanto sentido. “Não estamos permitindo aglomeração por ali, não trabalhamos mais com fila. A pessoa pode pedir para adiantar o pedido através do iFood e ela vira o próprio motoboy. A ideia é que ninguém tenha contato com ninguém”, descreve a chef e dona da casa, Renata Carvalho. O restaurante também está operando com entregas.

“Estou muito preocupada com o segmento, que vai entrar em colapso. Vejo colegas parados, preocupados com as contas, torcendo para a crise acabar logo. Nossa função nessa quarentena é levar paz, tranquilidade e alegria para quem está confinado em casa. Redobramos os cuidados com higiene e pretendemos funcionar até quando der”, conta a empresária, que manteve empregados (e em casa) os colaboradores com mais de 50 anos e priorizou a carona solidária para quem pode continuar trabalhando.

Sem mesas, apenas no sistema “para viagem”, a loja localizada na Babilônia Norte está em operação
A união faz a força

Com a crise do coronavírus, os donos das marcas Corina, Evolua, Pinella e Los Baristas se depararam com um problema em comum: ninguém tinha a opção de delivery em aplicativos. Para manter o funcionamento das empresas, decidiram se unir para organizar entregas dos produtos das quatro casas. A equipe opera em todo o Distrito Federal, com fretes específicos a depender da região administrativa.

“O responsável era fechar. Pensamos em operar o delivery, mas como ninguém havia mexido com isso antes, decidimos juntar forças para atingir mais gente. Dividimos tarefas logísticas na tentativa de nos ajudarmos. Se não, a gente ia dançar”, conta Heitor Heffner, sócio da Corina.

“A maior parte dos pedidos que recebemos é mista: quem quer café quer cerveja, quer comida”, descreve. “Temos clientes fiéis que querem continuar consumindo nosso produto. A coisa está engrenando: de segunda para terça, fizemos mais de 10 entregas combinadas na véspera. Tem uma fluidez legal: não é o mesmo faturamento de antes, mas pelo menos temos o apoio da clientela”, comemora.

 

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