Damascus é um achado na 413 Sul: finíssima comida árabe a bons preços
Administrado por um casal de refugiados sírios, o lugar é simples e tem menu enxuto, mas oferece receitas com saboroso gosto caseiro
atualizado
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Funcionando na 413 Sul há cerca de um ano, o Damascus é um misto de lanchonete, empório, bar e restaurante árabe bem simples. Talvez por isso mesmo muita gente passe desapercebida por ele, sem saber o que está perdendo.
A casa comandada pelo casal de refugiados sírios Ammar e Yasmim Abounabout é um verdadeiro achado para quem valoriza mais a boa culinária do que ambientes sofisticados. O cardápio é enxuto, mas nos poucos itens o que se experimenta é o sabor de uma culinária caseira e autêntica.
Yasmin é quem comanda a cozinha, de onde sai, para começar, um imperdível combo de pastinhas típicas, de grão de bico (homus), berinjela (babaganoush), coalhada e quibe cru (R$ 15). Todas tão leves e delicadas que é fácil perceber o cuidado artesanal no preparo.
Igualmente leve é o pão sírio que as acompanha, o mesmo que enrola o bem temperado e crocante frango com molho de alho do shawarma (R$ 10). Dividido em dois rolinhos, o sanduíche vale por uma refeição. Também pode vir acompanhado de batata frita, aí passa a se chamar shishtaouk (R$ 12).
Aliás, o menu é resumido a isso: uma seção com nove tipos de sanduíches, outra de porções –pastinhas (no combo ou individualmente), tabule (R$ 14 — foto acima), shanklish (R$ 12) e fatush (salada com falafel, R$ 15) — e unidades de quibe (frito ou assado, R$ 5) e esfirra (carne, frango e queijo, R$ 3).
O Damascus tem ainda um empório de produtos árabes e, vez em quando, tem noites animadas por demonstrações de dança do ventre ou aluguel de narguile. Ammar anuncia que, em 2017, pretende ampliar o cardápio, incluindo outros pratos da culinária árabe. Vamos torcer para que a ampliação não afete a qualidade — e nem os preços.