Conheça restaurantes que trabalham com produtos agroecológicos e do DF
Os estabelecimentos oferecem opções de drinques, doces e almoços valorizando itens locais
atualizado
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Crise hídrica, degradação do solo, agrotóxicos, poluição… Esses problemas afetam a vida e a saúde dos brasilienses de diversas formas. Combatê-los não é uma tarefa fácil. Porém, existe um modo de produção de alimentos que consegue, ao menos, reduzir alguns dos impactos negativos no meio ambiente: a agroecologia. Em Brasília, alguns empreendimentos trabalham com ingredientes produzidos nesse modelo de cultivo.
De acordo com Sara Campos, facilitadora do movimento Slow Food para o Centro Oeste, consumir produtos agroecológicos não incentiva apenas a economia local. O benefício para a saúde é a longo prazo. “Alguns agrotóxicos como o glifosato são comprovadamente cancerígenos”, acusa.Os frutos das propriedades agroecológicas são mais diversos. Em um mesmo espaço, planta-se cacau, açaí, café, buriti, tomate, alface, alho-poró…
Para dar um empurrãozinho, selecionamos quatro locais que trabalham com produtos orgânicos e agroecológicos em parte das comidas. Confira:
Buriti Zen – Vila Planalto
“A forma mais prática de conhecer a agroecologia é comendo”, afirma a chef vegana Ana Paula Boquadi, comandante da casa. O trabalho do restaurante é totalmente voltado ao mundo orgânico e os produtos são mais regionais o possível. A mutamba, um dos frutos oriundos do extrativismo agroecológico, aparece no nhoque e em outras preparações. O cardápio é rotativo, sendo atualizado sempre pelas redes sociais. Nenhuma das receitas leva soja.
Segunda a sexta, das 12h às 14h30
Ristretto Café – 412 Norte
Situado no espaço de lanchonete da Mercearia Colaborativa, o Ristretto é comandado por três sócios com relações de longa data com a agroecologia. Em Sobradinho, os dirigentes da marca fundaram, inclusive, o Slow Food João de Barro, para atender a comunidade local. Entre as opções agroecológicas, estão as bebidas da Art Café.
Produtos locais como os queijos artesanais da Apuglia, pães de fermentação natural da La Boutique, leites, pães e kombuchas de produtores do Slow Food também compõem o cardápio.
Segunda a sábado, das 9h às 21h
O Realejo – Lago Norte
No restaurante, as galinhas caipiras são todas “felizes”. Para a preparação do prato francês coq au vin, entram somente frangos da Quintal Sertanejo, produtora de animais orgânicos do DF. Já a compra de agroecológicos para os outros itens do cardápio é sazonal.
As flores e os queijos de cabra disponíveis em pratos da casa também são de Brasília. Eduardo Sedelmaier, proprietário do Realejo, faz parte do movimento Slow Food há 2 anos. De acordo com ele, está cada vez mais fácil trabalhar com alimentos agroecológicos e orgânicos, pois a distância entre produtores e consumidores está diminuindo.
Quinta, das 18h às 23h. Sexta, das 12h à 0h. Sábado e domingo, das 12h às 17h
Eliane Régis
As mãos da doceira transformam diversos frutos do Cerrado em delicados brigadeiros. Pequi, baru, jatobá, buriti… Todos são colhidos em locais de agricultura familiar. O cento do docinho sai em média R$ 170.
Encomendas pelo telefone: (61) 98121-5287